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RJ inova no combate ao calor com ‘Drones-Florestais’ para replantio em áreas verdes

Ilhas de calor, até então mais comuns na Zona Oeste, estão surgindo na Zona Norte e no Centro.
Imagem: Reprodução

A partir de janeiro, a Prefeitura do Rio de Janeiro implementará a utilização de “drones-florestais” para otimizar o processo de replantio em áreas verdes em recuperação na cidade, visando a redução do impacto das ondas de calor. A iniciativa terá início na Serra da Posse, localizada nas proximidades de Campo Grande, Santíssimo e Senador Vasconcelos.

Os secretários Daniel Soranz (Saúde), Tainá de Paula (Meio Ambiente e Clima) e o chefe-executivo do Centro de Operações Rio (COR), Marcus Belchior, detalharam essa e outras medidas nesta segunda-feira (27). Além disso, a cidade do Rio contará com pelo menos 100 pontos de hidratação.

A explicação dos secretários destaca a agilidade proporcionada pelos drones no processo de semeadura. Enquanto um agente de reflorestamento consegue cobrir 1 hectare em uma semana, um drone realiza a mesma tarefa em 50 hectares no mesmo período.

Essas ações foram tomadas em resposta aos indicadores climáticos que impactaram o Rio de Janeiro, que registrou três recordes de sensação térmica neste mês de novembro.

“É comum as pessoas associarem o calor à Zona Oeste, mas percebemos que há um deslocamento em direção à Zona Norte e ao Centro. As áreas menos arborizadas vêm consolidando a maior sensação de calor”, destacou Tainá, mencionando complexos como o Alemão e a Maré, além dos bairros de Bangu, Ramos e Pavuna.

O recorde de sensação térmica em novembro atingiu 42,5°C na Vila Militar, na Zona Oeste, e 41,9°C na Marambaia. O recorde histórico no Rio é de 43,2ºC, registrado em Santa Cruz em 26 de dezembro de 2012.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reportou um aumento na demanda por atendimento médico devido ao forte calor, com sintomas como tontura, dor de cabeça e desmaios, afetando uma pessoa a cada cerca de duas horas nos finais de semana deste mês.