Ouça agora

Ao vivo

Lojas do Rio podem abrir no feriado do Dia do Trabalho
Destaque
Lojas do Rio podem abrir no feriado do Dia do Trabalho
Brasileirão já tem quatro técnicos demitidos e número pode aumentar neste final de semana
Destaque
Brasileirão já tem quatro técnicos demitidos e número pode aumentar neste final de semana
JUVRio está oferecendo 3.500 vagas para cursos de I.A e Indústria Avançada
Destaque
JUVRio está oferecendo 3.500 vagas para cursos de I.A e Indústria Avançada
Tiago Leifert é confirmado como apresentador do The Voice no SBT
Sem categoria
Tiago Leifert é confirmado como apresentador do The Voice no SBT
Japeri anuncia chamamento de professores do concurso de 2023
Baixada Fluminense
Japeri anuncia chamamento de professores do concurso de 2023
Pressões internas e disputa política marcam intervenção suspeita no Cremerj, entenda
Destaque
Pressões internas e disputa política marcam intervenção suspeita no Cremerj, entenda
Carnaval na Baixada conta com blocos de rua e programação infantil; veja a lista
Baixada Fluminense
Carnaval na Baixada conta com blocos de rua e programação infantil; veja a lista

Explicação do governo sobre recursos do RioPrevidência não convence deputados na Alerj

Oposição insiste que medida é inconstitucional e diz que apresentação prova que não houve estudo de impacto financeiro
Foto: Divulgação

Os representantes do governo não conseguiram convencer a oposição na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) sobre a transferência dos recursos do RioPrevidência para o Tesouro Estadual.

Uma audiência pública realizada pela Comissão de Orçamento, nesta terça-feira (26/11), tinha como finalidade discutir o tema, mas os argumentos apresentados não convenceram quem esteve no encontro.

Em setembro, o governador Cláudio Castro publicou dois decretos (49.291/24 e 49.292/24) para viabilizar a transferência de R$ 4,9 bilhões do fundo previdenciário, provenientes dos royalties e participação especial do petróleo. Os recursos serão usados para pagar a dívida do estado com a União, sendo que até agora já foram transferidos R$ 2,7 bilhões.

Segundo prognóstico da secretaria estadual de Fazenda (Sefaz), o RioPrevidência possui R$ 10 bilhões em caixa, o que garantiria o pagamento do salário de aposentados e pensionistas pelos próximos três anos.O deputado Luiz Paulo (PSD), porém, insiste na tese de que os decretos são inconstitucionais, pois a legislação fluminense garante que recursos de royalties e participações especiais sejam transferidos ao RioPrevidência. Para ele, o governo deveria ter enviado um projeto de lei para a Casa.

“Mesmo contrários à medida, nunca voltaríamos em nada que prejudicasse os servidores. Mas fizeram tudo de forma não transparente e evidentemente gerou contradições. Nosso dever é fazer o controle externo”, disse.

O parlamentar também demonstrou preocupação com a descapitalização do fundo previdenciário e pediu para que o Decreto 49.291/24, que permite o remanejamento de recursos em todos os anos, seja revogado.

Ao defender a medida, o subsecretário de Tesouro da Sefaz, Bruno Schettini, declarou que a ação foi muito bem sustentada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), tendo como base a Lei Federal 12.858/13, que permite o pagamento de dívidas com a União com os recursos de royalties e participações especiais.

“Há um parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado) determinando que as receitas de royalties não são do RioPrevidência, mas do Tesouro e devem ser repassadas por aporte. Estamos com a situação sob controle e o RioPrevidência tem caixa estável nos próximos três anos”, garantiu.

Recursos comprometidos

A Sefaz informou ainda que atualmente há R$ 25,4 bilhões em caixa, mas o dinheiro já está comprometidos com transferências obrigatórias e vinculações de fundos, o que faz com que o Tesouro tenha um déficit nos recursos livres de R$ 6,6 bilhões e poderia ocasionar problemas no pagamento dos funcionários ativos.

A previsão é de que com o remanejamento de R$ 4,9 bilhões, valor que o Estado do Rio teve que pagar em dívidas à União em 2024, não haverá déficit este ano, já que a Sefaz também espera alguns outros recursos, como devoluções de duodécimos.

“A Comissão da Câmara em vez de se restringir à análise das contas, apreciou especificamente o dolo, a irregularidade insanável, a hipótese de configuração de ato de improbidade e a imputação do débito”, afirmou a promotora em parte do texto da ação. continua “Com isso, a Comissão espontaneamente apreciou os requisitos para incidência da situação de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, “g”, da LC 64/90, afastando-os do caso concreto e frustrando a incidência da lei”, completou.

O fato é que o tema RioPrevidência foi judicializado pela oposição que, além de recorrer a Vara de Fazenda e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), apresentou um projeto de decreto legislativo na Alerj a fim de sustar os efeitos dos decretos.

Como ainda não houve nenhuma decisão contrária à medida, o governador Cláudio Castro realizou a primeira operação com os recursos na última quinta-feira (21), quando remanejou R$ 2,7 bilhões. A deputada Martha Rocha (PDT), então, apresentou denúncia ao Ministério Público e ao TCE.

A maior preocupação dos deputados é que o pagamento de aposentados e pensionistas seja afetado. Isto porque as receitas do RioPrevidência são basicamente de contribuições mensais dos servidores, de 2%, e dos royalties e participação especial.