Um candidato ao concurso da PM está buscando uma indenização na Justiça avaliada em R$ 2 milhões, por danos morais, após o concurso ser anulado, no Rio de Janeiro. Cerca de 20 candidatos foram presos durante a realização do exame com mandados de prisão em aberto por crimes como fraude, deserção das Forças Armadas, receptação e roubo.
Após diversas denúncias de fraude, Victor Hugo Ferreira de Souza, que prestou o concurso, resolveu tomar medidas judiciais em relação ao caso. Ele alegou irregularidades no processo seletivo, que inclui a realização de consultas à internet durante a prova e ausência de questões sobre conteúdos que estariam no edital.
Segundo o advogado de Victor, Anselmo Ferreira Costa Melo, “seu cliente investiu tempo e recursos para se preparar para esse concurso. Ele acreditava que o processo seria conduzido de maneira ética e justa”, afirmou o advogado.
O governador Cláudio Castro se manifestou em relação a anulação da primeira fase do exame. “Contratamos uma empresa para realizar um concurso e o que vimos no último fim de semana é inadmissível. Diante do que foi amplamente mostrado nas redes sociais, e em respeito aos candidatos que agiram corretamente, não me resta alternativa que não seja cancelar a prova objetiva”, declarou Castro.
Durante a prova, a Polícia Militar ainda realizou a operação “Aqui Não” e prendeu pessoas com mandados de prisão em aberto. Um ex-cabo da PM, que foi expulso em 2016 por suspeita de uma tentativa de homicídio, foi detido em flagrante.