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Após 14 leilões ao longo do ano, moeda americana fecha último pregão de 2024 valendo R$ 6,179

Moeda recuou no último pregão do ano, mas especialistas alertam que riscos para câmbio seguem no radar
Foto: Reprodução

O dólar encerrou o ano em R$ 6,179, alta de 27,36% ao longo de 2024.

No último pregão do período, nesta segunda-feira (30), a divisa registrou queda de 0,22%, após o Banco Central (BC) vender US$ 1,815 bilhão à vista em um leilão para conter a alta da moeda.

“Apesar da força no cenário global, apoiada pelas perspectivas de juros elevados por mais tempo nos EUA, o dólar tem uma sessão de queda nesta segunda-feira, apoiado por mais um leilão de venda da moeda pelo BC brasileiro, em dia de formação da PTAX e baixa liquidez”, avalia Paula Zogbi, gerente de Research da Nomad.

“Além do cenário complexo do ponto de vista fiscal, que vem pressionando o dólar, é comum a saída de dólares do país no final do ano, o que estimula ainda mais a atuação do Banco Central de injetar mais dólares na economia, no 9º leilão deste tipo em dezembro. Antes da atuação, o dólar subia.”

Antes da operação, o dólar era cotado próximo de R$ 6,24. Os investidores continuam digerindo a probabilidade de que o Federal Reserve (Fed) fará menos cortes na taxa de juros no próximo ano.

Já o Ibovespa subiu 0,01% no dia, fechando o ano com 120.283,4 pontos. O resultado, porém, representa queda de 10,08% em 2024.

Na esteira do pessimismo do mercado, o dólar ultrapassou o valor nominal de R$ 6,00 pela primeira vez na história em novembro e atingiu a cotação máxima histórica de R$ 6,2679 neste mês.

O Banco Central realizou uma série de intervenções no câmbio nas últimas semanas a fim de reduzir a deterioração do real, vendendo um total de US$ 30,77 bilhões (US$ 19,77 bilhões à vista e US$ 11 bilhões com data de recompra), mas as operações tiveram apenas efeitos pontuais nas cotações.

No cenário externo, o ano de 2024 apresentou outros fatores desfavoráveis para a moeda brasileira, a começar já nos primeiros meses com a quebra das expectativas dos mercados globais por uma série de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed).

 

Desempenho do Dólar

Em janeiro, operadores projetavam até seis reduções de juros pelo banco central dos Estados Unidos, acima dos três cortes — 100 pontos-base acumulados — que realmente ocorreram, o que provocou ganhos nos rendimentos dos Treasuries ao longo do ano, valorizando o dólar.

A moeda norte-americana também foi favorecida pela vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos EUA em novembro, uma vez que suas promessas de campanha, incluindo tarifas e cortes de impostos, são consideradas inflacionárias por analistas, o que pode manter os juros elevados no país.
Tensões geopolíticas também contribuíram para os fortes ganhos do dólar, com notícias vindas da guerra na Ucrânia e dos conflitos entre Israel e os grupos militantes Hamas e Hezbollah no Oriente Médio gerando temores de confrontos militares mais amplos.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,18%, a 107,790, mantendo-se próximo da maior cotação em dois anos de 108,54, atingida em 20 de dezembro.