Ouça agora

Ao vivo

Flávia Quaresma apresenta Festival Gastronomia do Mar no Rio
Destaque
Flávia Quaresma apresenta Festival Gastronomia do Mar no Rio
Prefeitura de Nova Iguaçu forma segunda turma de Guardas Municipais para reforçar a segurança na cidade
Nova Iguaçu
Prefeitura de Nova Iguaçu forma segunda turma de Guardas Municipais para reforçar a segurança na cidade
Shopping Multicenter Itaipu realiza ação especial em apoio ao Setembro Amarelo
Niterói
Shopping Multicenter Itaipu realiza ação especial em apoio ao Setembro Amarelo
Brasil vence Equador para respirar nas Eliminatórias
Destaque
Brasil vence Equador para respirar nas Eliminatórias
Cenipa diz que pilotos da Voepass falaram sobre falha em sistema antigelo antes da queda
Brasil
Cenipa diz que pilotos da Voepass falaram sobre falha em sistema antigelo antes da queda
Operação do Governo do Estado transfere 1.063 presos no Complexo Gericinó
Destaque
Operação do Governo do Estado transfere 1.063 presos no Complexo Gericinó
Justiça suspende Operação Verão na orla do Rio por ausência da prefeitura em reunião de planejamento
Destaque
Justiça suspende Operação Verão na orla do Rio por ausência da prefeitura em reunião de planejamento

Veja como o Vasco pretende reverter interdição de São Januário

Clube teme impacto no desempenho esportivo e tem pressa para resolver a questão. Estádio a princípio terá que passar por perícia em processo demorado que o jurídico vascaíno tenta agilizar
Foto: André Durão

O departamento jurídico do Vasco entrou em campo nos últimos dias para tentar reverter uma questão que pode ter impacto direto no desempenho esportivo da equipe: a interdição de São Januário. Por decisão liminar da Justiça, o estádio no momento está impossibilitado de receber eventos, incluindo os jogos do Vasco.

Por conta dos episódios ocorridos depois da derrota para o Goiás na quinta-feira passada, com arremesso de rojões e confronto de torcedores com a polícia, o clube sofreu punições em duas esferas diferentes, ambas em caráter preventivo: no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o gancho foi de 30 dias sem sua torcida; e no Tribunal de Justiça, teve seu estádio interditado por tempo indeterminado.

Por isso, precisou levar o jogo contra o Cuiabá para o Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, com os portões fechados.

No fim de semana, o jurídico do Vasco recorreu nas duas frentes, mas teve ambos os recursos rejeitados. Com pouco que possa ser feito até agendar o julgamento, o Vasco estuda os próximos passos a serem dados no processo que corre no STJD. O que mais preocupa é a interdição de São Januário.

O clube teme que o futebol seja prejudicado caso siga impossibilitado de usar seu estádio por mais tempo. O próximo jogo do Vasco como mandante é no dia 8 de julho, sábado da semana que vem, contra o Cruzeiro, pela 14ª rodada do Brasileirão.

Os advogados devem apresentar novo recurso nesta quarta-feira para tentar derrubar a liminar em vigor. Caso contrário, o clube terá que esperar a realização de perícia e emissão de novos laudos num processo que pode ser demorado. O objetivo é agilizar isso.

O Vasco já imaginava que seria difícil derrubar as duas decisões no fim de semana a tempo de poder jogar contra o Cuiabá em casa e com público. Os recentes acontecimentos na Vila Belmiro e a gravidade do tumulto em São Januário acenavam com a manutenção das punições.

Na decisão publicada no início da noite de sexta-feira, no Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, o juiz Bruno Arthur Mazza ordenou o Vasco a juntar os laudos de segurança do estádio para que uma perícia seja realizada; e, na mesma decisão, nomeou uma perita para assumir a função.

Essa perita tem cinco dias para dizer se aceita ou não a atribuição – até a publicação dessa reportagem, ela ainda não havia respondido. Caso não aceite, outro profissional deverá ser apontado. O perito que disser “sim” terá 30 dias para avaliar os documentos e emitir sua opinião técnica sobre o estado de segurança de São Januário.

O Vasco entende que não tem todo esse tempo.

A divulgação de trechos do relato do magistrado do Juizado do Torcedor que estava de plantão em São Januário na quinta-feira causou grande incômodo no Vasco. “…todo o completo é cercado pela comunidade da Barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas, o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio”, diz um trecho.

Em resposta, o Vasco associativo emitiu um comunicado na segunda-feira lamentando as “manifestações preconceituosas” do magistrado.

– Tentar induzir que São Januário não tem condições de receber jogos de futebol por estar localizado numa área popular da cidade é um desrespeito com o Vasco da Gama e seus torcedores – escreveu o Vasco.