Ouça agora

Ao vivo

Operação da DRACO intima secretários da prefeitura de Três Rios por suspeita de irregularidades em licitação
Sul Fluminense
Operação da DRACO intima secretários da prefeitura de Três Rios por suspeita de irregularidades em licitação
Aplicativo Jaé facilita embarque rápido rumo ao festival Rock in Rio
Destaque
Aplicativo Jaé facilita embarque rápido rumo ao festival Rock in Rio
Justiça determina que Max Lemos retire vídeo com acusações contra Glauco Kaizer, candidato a reeleição em Queimados
Política
Justiça determina que Max Lemos retire vídeo com acusações contra Glauco Kaizer, candidato a reeleição em Queimados
Polícia do Rio prende suspeito de incendiar área ambiental em Valença
Destaque
Polícia do Rio prende suspeito de incendiar área ambiental em Valença
Governo do Estado cria força-tarefa com mais de 2 mil policiais para os jogos da Libertadores
Destaque
Governo do Estado cria força-tarefa com mais de 2 mil policiais para os jogos da Libertadores
Estudo mostra que maioria da população aprova horário de verão
Brasil
Estudo mostra que maioria da população aprova horário de verão
Cidade do Rio tem planejamento operacional para jogos e Rock in Rio
Destaque
Cidade do Rio tem planejamento operacional para jogos e Rock in Rio

Niteroiense produz documentário sobre mulheres do Morro do Estado

A história fala sobre a vivência e a sombra da invisibilidade social
Foto: Reprodução

A niteroiense Cauana Oliveira da Conceição Iria, de 20 anos, está em processo de construção do seu primeiro documentário, o curta “Sufoco: Falar ou Viver no Morro do Estado”, onde fala sobre mulheres negras na comunidade de Niterói, onde nasceu e mora até hoje.

A história conta um pouco da vida das mulheres, entre elas a sua mãe Fernanda Maria, sua tia Neuza Maria e uma vizinha chamada Neinha. A trama, de 15 minutos, fala sobre a vivência e a sombra da invisibilidade social onde elas são impulsionadas a tomar decisões que destacam a ausência de justiça social em seu entorno. O documentário contém entrevistas feitas na própria comunidade e contará com participação de pessoas que têm diversas histórias, e contou com incentivo da Lei Paulo Gustavo na categoria Produção de Jovens Periféricos.

“O documentário mostra as mulheres que me criaram com todo o amor do mundo. E de certa maneira isso aconteceu quase sempre no Morro Estado. Eu fiquei muito curiosa e decidi entrevistar elas para saber porque que a gente também não explorou todos esses lugares bonitos que Niterói se orgulha e retrata até de modo oficial”, frisou Cauana que estuda pré-vestibular para cursar Cinema na UFF.

O cotidiano delas é marcado pelo desafio de permanecerem em silêncio diante de afirmações e questionamentos que revelam a existência de uma estigmatização preconceituosa e naturalizada da mulher negra e favelada em Niterói. Diante do tédio, da indignação perante o preconceito e da tristeza pela falta de perspectiva de mudança, as protagonistas decidem compartilhar conselhos para meninas e mulheres negras de todas as periferias, buscando oferecer orientação e encorajamento.

Foto: Reprodução

O olhar atencioso através das lentes faz parte do cotidiano da jovem, que divide o estudo e as produções com o trabalho que exerce como fotógrafa no Instituto Gingas, que promove a acessibilidade através da capoeira, música e educação em Niterói.

“Cauana é fotógrafa do instituto e tem um olhar diferenciado para tudo que é preciso ser registrado. Ela tem uma doçura e uma atenção na hora de fotografar. O documentário que ela está produzindo eu tenho a certeza que vai emocionar e impactar o público com toda essa generosidade e profissionalismo que ela tem. Eu tenho um grande orgulho de ser padrinho dela e compadre da ialorixá Mãe Fernanda de Xangô, a sua mãe”, comentou o fundador do grupo, David Bassous, conhecido como Mestre Bujão.