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Criado por alunos da Faetec, óculos para controlar cadeira de rodas por meio do piscar de olhos é premiado na Mostratec 2023

O projeto inovador é da Escola Técnica Estadual Henrique Lage
Imagem: Divulgação

Óculos para controle de motores voltado para a cadeira de rodas de pacientes tetra ou quadriplégicos ganhou quatro prêmios na maior feira de ciência e tecnologia da América Latina, que aconteceu no final de outubro, em Nova Hamburgo, no Rio Grande do Sul. O projeto inovador é dos alunos Caio Reis, Maycon Junior e Yan Gabriel, da Escola Técnica Estadual Henrique Lage (ETEHL), unidade pertencente à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), em Niterói, e ganhou o 2º Lugar em Engenharia Eletrônica e prêmios de Júri Popular, Ska de Inovação Tecnológica e Casio Educação. O professor do curso técnico em Eletrônica, Altair Martins, foi o orientador da criação de um dispositivo de baixo custo e controlado por um sensor para realizar o movimento dos motores.

“Tirar em segundo lugar na maior feira da américa latina, concorrendo com mais outros cinco países, é um fechamento de ano que consagra nosso trabalho. Esse reconhecimento é importante para mim, para a escola e para os alunos. Esse sentimento irradia em toda Faetec e esse alunos que ganharam os prêmios serão incentivo para outros estudantes”, avalia o professor.

Altair aproveita para explicar a iniciativa: “O projeto é socialmente importante. Através do piscar dos olhos, conseguimos movimentar cadeiras de rodas motorizadas, sem que fosse necessário qualquer movimento do corpo, exceto dos músculos faciais. O dispositivo funciona com a ajuda de um microcontrolador que recebe informações de sensores de baixo custo, fixos ao rosto do usuário, para detectar o padrão das piscadas e transformá-los em comandos, a fim de mover os motores da cadeira, dando mais independência aos portadores. Mas o protótipo pode ser usado para movimentar qualquer equipamento, desde que seja adaptado para funcionar com esses óculos”.

O são-gonçalense Yan Gabriel, 17 anos, morador do bairro Porto da Madama, sempre se preocupou em ajudar as pessoas e por isso escolheu fazer esse projeto, mas preocupando-se com o baixo custo para permitir maior acessibilidade.

“Fizemos pesquisas de que áreas deveríamos escolher, de onde existem dificuldades para as pessoas. Eu sempre quis fazer algum tipo de robô para cuidar das pessoas, na área de saúde. Foi quando encontramos na sala que fazemos nossos encontros, uma cadeira de rodas. Assim veio a ideia de como fazer ela se movimentar num piscar de olhos. Foi então que criamos o sistema usando os óculos e um vidro elétrico de carro”, explicou Yan

Morador do Barreto, Caio Reis, de 18 anos, reforçou que a ideia sempre foi apoiar pessoas com problemas de locomoção.

“Estamos trabalhando no projeto desde fevereiro de 2023. Já tínhamos a ideia de fazer algo para tetra e quadriplegia, porém estávamos descobrindo alguma forma para que as pessoas se locomovam. Elas já não se movimentam do pescoço para baixo e a gente viu que através de um óculos seria uma forma mais fácil de humanizar o projeto e de possibilitar que essas pessoas possam se movimentar usando os olhos”, ressaltou o estudante Caio Reis.

Maycon Júnior Barcellos Moraes, de 17 anos, que mora em Boa Vista, São Gonçalo, mostrou-se preocupado com pessoas com algum tipo de deficiência motora e a independência delas em se movimentar.

“Sentamos e decidimos com o professor, mas antes tivemos diversas ideias e depois de fazermos algumas pesquisas, decidimos seguir com esse projeto. É um tema que afeta uma minoria da população, onde essas pessoas vivem pelo resto da vida delas dependendo de outras pessoas. O objetivo é dar o máximo de independência para essas pessoas”, concluiu Moraes.