O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro será palco da série Prata da Casa, da Orquestra Petrobras Sinfônica, nos dias 26, 27 e 28 de outubro, sempre às 19h. Os Concertos de Câmara foram divididos em três noites de música, com repertórios diversificados, propostos e interpretados pelos próprios instrumentistas da orquestra em diferentes formações, além de convidados. A entrada é franca.
Abrindo a programação na quinta-feira (26), o Magisterra String Quartet faz seu concerto de estreia. Formado pela violinista canadense Annette-Barbara Vogel, diretora artística do conjunto de câmara Magisterra Soloists, de Ontário, e três músicos da Orquestra Petrobras Sinfônica – Fernando Pereira (violino), Dhyan Toffolo (viola) e Hugo Pilger (violoncelo) —, o quarteto vai interpretar obras de Dmitri Shostakovitch, Maurice Ravel e Helmut Lipsky.
“Quase 60 anos separam o Quarteto de Ravel e o Quarteto nº 8, de Schostakovitch. Ambos são representantes da diversidade da música de concerto ocidental da primeira metade do século XX. O primeiro, de 1903, de caráter impressionista, foi composto sob forte influência da música de Debussy no começo do século. Já o Quarteto nº 8, de Schostakovitch, é uma obra marcada pelos reflexos da guerra e é dedicada às vítimas do Nazismo. Foi escrita em 1960, na cidade de Dresden (Alemanha) ainda destruída pelo conflito mundial”, conta Fernando Pereira, violinista da Orquestra Petrobras Sinfônica. “Fechamos o programa com ‘Fiesta’, de Helmut Lipsky, compositor contemporâneo germano-suíço residente em Montreal, Canadá”, completa.
No dia seguinte (27/10), o T’Rio apresenta obras de Liduino Pitombeira, Nestor de Hollanda Cavalcanti, Heitor Villa-Lobos, Vittor Santos e Leandro Braga. O repertório é um panorama bastante representativo da música brasileira de concerto e da música popular, além da fusão dos dois estilos, a exemplo de “Fantasia sobre a Muié Rendêra”, de Liduino Pitombeira.
Formado em 2018, ano que lançou seu primeiro álbum, “Trios Brasileiros”, o T’Rio é composto por Fernando Thebaldi, violista e um dos diretores artísticos da Orquestra Petrobras Sinfônica, Cristiano Alves, primeiro clarinetista e também diretor artístico da Orquestra, e pela pianista japonesa Yuka Shimizu.
No sábado (28/10), fechando a programação do mês de outubro no CCBB Rio, o Quarteto Ventura apresenta obras de Heitor Villa-Lobos e Ludwig van Beethoven. Formado pelas violinistas Andréa Moniz e Camila Bastos, pelo violista Carlos Tavares e pela a violoncelista Lylian Moniz, o Quarteto Ventura foi criado no ano passado no intuito de somar no cenário musical camerístico e também formar novas plateias.
“Vamos apresentar duas obras de peso e de grande importância na história da música de câmara. Nelas, podemos vivenciar a diferença entre estilos e a linguagem dos compositores em toda sua genialidade, versatilidade e intimismo”, adianta o violista Carlos Tavares. O ‘Quarteto para cordas nº 4’, de Beethoven, tem a característica escrita no estilo tempestade do compositor. Já o ‘Quarteto para cordas, nº 1’, de Villa-Lobos, traz movimentos curtos e contrastantes que citam o folclore brasileiro, como no sexto movimento intitulado ‘Saltando como um Saci'”, explica o músico.
A parceria entre o Centro Cultural Banco do Brasil e a Orquestra Petrobras Sinfônica para a realização de concertos de câmara começou em agosto. A Série Prata da Casa se estende aos meses de novembro e dezembro. A programação será divulgada em breve.
Serviço
Concertos de Câmara da Orquestra Petrobras Sinfônica
Data: de 26 a 28 de outubro (de quinta a sábado), às 19h
Local: CCBB Rio – Rua Primeiro de Março, 66, Centro – RJ. Tel. (21) 3808-2020
Duração: 60 min. Classificação indicativa: Livre. Entrada franca
Distribuição de ingressos 1 hora antes do início do concerto na bilheteria do CCBB ou pelo site
Sobre a Orquestra Petrobras Sinfônica
Aos 48 anos, a Orquestra Petrobras Sinfônica se consolida como uma das mais conceituadas do país e ocupa um lugar de prestígio entre os maiores organismos sinfônicos do continente. Criada pelo maestro Armando Prazeres, a orquestra se firmou como um ente cultural que expressa a pluralidade da música brasileira e transita fluentemente por distintos estilos e linguagens. Tem como diretor artístico e maestro titular Isaac Karabtchevsky, o mais respeitado regente brasileiro e um nome consagrado no panorama internacional.