Ouça agora

Ao vivo

Três apostas acertam as seis dezenas da Mega-Sena
Brasil
Três apostas acertam as seis dezenas da Mega-Sena
Polícia Federal realiza operação contra extração ilegal de areia em Seropédica
Baixada Fluminense
Polícia Federal realiza operação contra extração ilegal de areia em Seropédica
PMs vão passar por treinamento para identificar atos racistas e atender vítimas nos estádios
Destaque
PMs vão passar por treinamento para identificar atos racistas e atender vítimas nos estádios
ANS suspende comercialização de nove planos de saúde
Brasil
ANS suspende comercialização de nove planos de saúde
Maracanã tem novo espaço para atender mulheres vítimas de violência
Destaque
Maracanã tem novo espaço para atender mulheres vítimas de violência
PM apura possíveis abusos em abordagem a adolescentes negros no Rio
Destaque
PM apura possíveis abusos em abordagem a adolescentes negros no Rio
Fluminense e Inter empatam no Maracanã e ambos se mantem na mesma posição no Brasileirão
Esportes
Fluminense e Inter empatam no Maracanã e ambos se mantem na mesma posição no Brasileirão

Por falta de provas, quatro em cada dez réus por integrar milícias no Rio são absolvidos pela Justiça

Na maioria das sentenças que geraram absolvições, os magistrados consideraram que os elementos colhidos na prisão em flagrante não foram suficientes para uma condenação
Imagem: Reprodução

Conforme apurado pelo Jornal Extra, no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), dos 82 processos judiciais entre 2013 e 2022, nos quais 204 acusados responderam por constituição de milícia privada no Rio, 38% dos réus foram absolvidos devido à falta de provas. A maioria das sentenças de absolvição se baseou na avaliação dos magistrados de que os elementos obtidos durante prisões em flagrante não eram suficientes para embasar uma condenação.

Contrastando com essa realidade, o governador Cláudio Castro tem enfatizado, nos últimos dias, que as ações do estado contra o crime organizado resultaram em prejuízos superiores a R$ 2,5 bilhões para as milícias e na prisão de mais de 1.500 milicianos. No entanto, os números de mandados de prisão podem não representar adequadamente a extensão dos crimes cometidos por esses grupos. No caso do miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, que foi morto na última segunda-feira, desencadeando reações criminosas que geraram tumultos na Zona Oeste, havia apenas dois mandados de prisão em aberto, o mais recente relacionado ao homicídio de Jerônimo Guimarães, o Jerominho, fundador da Liga da Justiça. A polícia suspeita, no entanto, que Faustão tenha participado de mais de 20 homicídios, ainda não esclarecidos. Faustão ocupava a posição de número 2 na hierarquia da milícia, e sua morte foi comemorada pelo governador.

Dos três criminosos mencionados por Castro como os principais inimigos públicos atuais, apenas Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, possui um mandado de prisão em aberto por lavagem de dinheiro, como registrado no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) em uma decisão judicial de abril passado. Contudo, de acordo com investigações da própria Polícia Civil, Tandera já não ocupa uma posição de liderança nas milícias atuantes na Baixada e na Zona Oeste.