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Pescadores encontram garrafa de Coca-Cola de 1998 na Baía de Guanabara

Coca-Cola tem rótulo com caricaturas dos jogadores que ganhariam o tetra. Ano passado, o RJ desperdiçou R$ 2 bilhões em materiais recicláveis que foram direto para o lixo
Garrafa PET de Coca-Cola de 1994 foi encontrada em ilha na Baía de Guanabara — Imagem: Reprodução/TV Globo

Pescadores recentemente fizeram uma grande descoberta, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Nas águas da Baía de Guanabara, encontraram uma garrafa plástica da Coca-Cola que remonta a quase três décadas atrás. Esta garrafa de dois litros, parte de um lote comemorativo da Copa do Mundo de 1998, apresenta um rótulo decorado com caricaturas dos jogadores que levaram o Brasil ao tetracampeonato. O achado, surpreendentemente intacto, foi recuperado manualmente na areia de uma das praias na Ilha do Pontal, na semana passada. Conforme informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma garrafa plástica como essa demora cerca de 450 anos para se decompor no ambiente natural. Em comparação, tampinhas de garrafa têm um tempo de degradação menor, em torno de 150 anos, enquanto latas de alumínio podem levar de 200 a 500 anos para desaparecer, e o vidro resiste por gerações, com uma decomposição completa estimada em 1 milhão de anos.

Colônias de pescadores da região estão fortemente envolvidas em iniciativas de limpeza nas águas, incluindo o Canal de Magé e os rios Suruí e Estrela, na Baixada Fluminense, além dos rios Imbuaçu, Pomba e Marimbado, em São Gonçalo. Desde fevereiro, a Federação de Pescadores do Rio de Janeiro já removeu mais de 150 toneladas de resíduos sólidos, destacando seu compromisso com o programa “Águas da Guanabara.” O objetivo deste programa é quantificar e qualificar os resíduos sólidos, bem como avaliar seus impactos na fauna e flora da Baía.

Em outro contexto, uma pesquisa conduzida pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revela que o estado do Rio desperdiça mais de R$ 2 bilhões em resíduos que poderiam ser reciclados. De acordo com a entidade, em 2021, mais de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos pós-consumo, com potencial para reciclagem, foram enviados para aterros no estado. Essa quantidade representa um valor expressivo, literalmente enterrado. Essa estimativa faz parte do “Mapeamento de Recicláveis Pós-Consumo no Estado do Rio de Janeiro 2023,” um estudo elaborado pela Firjan em sua segunda edição com foco estadual.

Segundo Isaac Plachta, presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Firjan, esse mapeamento identifica pontos de geração e destinação de resíduos sólidos e aponta oportunidades para fortalecer toda a cadeia da indústria de reciclagem. O estudo demonstra um avanço na separação dos resíduos pós-consumo gerados por empresas, saltando de 20,9% em 2019 para 35,8% no fluxo atual. No entanto, a separação de resíduos sólidos urbanos, representada pelo percentual de coleta seletiva, permanece baixa, com 1,3% do total.

A pesquisa também revela as regiões do estado que recebem os resíduos em atividades de reciclagem, sendo a capital do Rio de Janeiro a mais representativa, concentrando 50,3% dos recicláveis recebidos. O plástico continua sendo o tipo de resíduo com maior capilaridade, sendo reciclado em várias regiões.

Além de destacar a importância econômica da reciclagem, o estudo aponta que a recuperação de mais de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos não aproveitados poderia gerar investimentos produtivos adicionais na economia do país, totalizando cerca de R$ 4,74 bilhões, além do investimento inicial de R$ 2 bilhões. Esse esforço também teria um impacto estimado de geração de renda de R$ 9,17 bilhões e a criação de aproximadamente 31,900 empregos, incluindo empregos diretos e indiretos.