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Alunos da Faetec Santa Cruz criam ecobag com câmaras de ar de pneus e de baixo custo

A iniciativa permite a milhares de estudantes de todo Brasil vivenciem o empreendedorismo ainda no ambiente escolar
Fotos: ETESC Faetec

Dezenove estudantes do Ensino Médio da Escola Técnica Estadual Santa Cruz (ETESC), unidade da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), desenvolveram uma ecobag feita com borracha de câmaras de ar de pneus, material que leva anos para decompor no meio ambiente. A iniciativa faz parte do programa Miniempresa da Junior Achievement (JA), que permite a milhares de estudantes de todo Brasil vivenciem o empreendedorismo ainda no ambiente escolar.

Os alunos foram divididos por áreas (sustentabilidade, marketing, operações, recursos humanos e a financeira) e receberam orientação de profissionais voluntários de diferentes setores da Empresa Gerdau, patrocinadora da iniciativa. Em 2023, a ETESC foi a única escola pública contemplada com o Programa.

O custo de cada ecobag ficou em apenas R$ 20, para uma produção de 20 bolsas, que poderiam ser vendidas por R$ 90, dando uma margem de lucro de 53,54%. Para o diretor da ETESC, Alexandre de Moraes Sant’Ana, o programa faz com que os alunos saiam da teoria para a prática, dando uma maior realidade no processo produtivo.

“Em 12 etapas, de três horas de duração cada, os participantes estruturaram a miniempresa de forma global: se conheceram, entenderam na prática o que é criatividade, receberam curso de design thinking, que mapeia possíveis “dores” do cotidiano que pudessem propor soluções e avaliaram a viabilidade para seus negócios, considerando diversos critérios. Posteriormente, os jovens definiram o produto, e não somente o produziram, como avaliaram vendas e compra de ações”, informou o diretor da unidade.

Os alunos colocaram o nome da miniempresa de “Alforge” e criaram um perfil dela nas redes sociais para divulgar todo o processo de produção. A ecobag é usada de maneira transversal e regulável com alças para facilitar o uso, além de ser impermeável e ter durabilidade de dez anos.

“Eles elaboraram relatórios, calcularam lucros, devolveram dinheiro aos seus acionistas e passaram por toda a experiência de como é ter um empreendimento real, partindo de um problema cotidiano (como o descarte do material utilizado na ecobag) para uma solução considerada sustentável”, informa Alexandre de Moraes.

Como é um projeto escolar e sem recursos, não houve uma confecção física e mínima de ecobags, ficando apenas com um modelo e com demonstrativo de toda a produção até a confecção final.