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Prefeitura de Niterói assina acordo com Governo Federal para fomento em ciência e inovação

O objetivo é que o município se fortaleça cada vez mais como cidade produtora de ciência, tecnologia e inovação
Foto: Divulgação Prefeitura de Niterói

A Prefeitura de Niterói assinou nesta segunda-feira (14) um protocolo de intenções entre o Município, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Universidade Federal Fluminense (UFF), para fomentar o ecossistema de inovação em Niterói. A cerimônia aconteceu no auditório do Caminho Niemeyer e contou com a presença da ministra Luciana Santos.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, explicou o projeto para que Niterói se fortaleça cada vez mais como cidade produtora de ciência, tecnologia e inovação.

“Niterói tem avançado muito na política de ciência, tecnologia e inovação. Estamos trabalhando com várias frentes importantes, sejam elas na área da saúde, sejam elas na área da economia do mar e várias outras áreas importantes também. Nós, recentemente, desapropriamos o prédio da Cantareira, e estamos desenvolvendo um programa voltado para a economia criativa, para estrutura e preparação de startups. que vai fazer com que muito desse conhecimento de inovação produzido na universidade se fixe em Niterói. Assim evitaremos perder essa capacidade que é formada aqui para outros lugares. A ideia é que a cidade se fortaleça cada vez mais como um lugar de produção de ciência, tecnologia e inovação”, disse Axel Grael.

Na ocasião, o prefeito Axel Grael também assinou um decreto que estabelece as diretrizes para a criação e o funcionamento de ambiente regulatório controlado na cidade voltado para projetos de ciência e tecnologia.

A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, ressaltou que o país é um dos que mais produzem ciência no mundo.

“Nós temos uma arrojada base científica no Brasil. Nosso sistema nacional de ciência e tecnologia não deve a nenhum país do mundo. Ao contrário do que o ex-presidente dizia, que as universidades eram espaço de balbúrdia, nós achamos que ela é um local de excelência. É nas universidades e institutos públicos que se produzem 90% da produção científica brasileira. Os dados são irrefutáveis. O Brasil é nada mais nada menos o 13º país do mundo em produção científica. Por outro lado, nós somos 57º na inovação, o que significa que esse conhecimento precisa se realizar, precisa chegar às pessoas”, disse a ministra.

O ex-prefeito e atual secretário Executivo de Niterói, Rodrigo Neves, afirmou que o grande ativo da cidade são os centros de pesquisa.

“Eu não tenho dúvida de que essa assinatura vai permitir que Niterói avance ainda mais. Hoje, diferente do que aconteceu um tempo atrás, um empresário, um pequeno empreendedor, que levava seis meses para abrir um pequeno negócio em Niterói, tem um alvará eletrônico em poucos minutos. E por isso estamos propiciando o desenvolvimento de pequenas e médias empresas em Niterói. A cidade pode ser um belíssimo exemplo. O nosso grande ativo não é o petróleo, são os nossos centros de pesquisa, a nossa inteligência, e eu tenho certeza que Niterói vai ser a cidade com o melhor ecossistema de inovação do Rio de Janeiro e do Brasil”, declarou Rodrigo Neves.

A secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Valéria Braga disse que a Pasta tem avançado em estratégias em inovação, com apoio do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia, que é participativo e propositivo.

“Lançamos o nosso Plano Municipal de Cidade Inteligente, Humana e Sustentável. Lançaremos agora o programa Acelera Niterói, com incubação e aceleração de 30 startups, junto à Fundação Euclides da Cunha, da UFF. Reabrimos um equipamento público fantástico, relativo a inclusão digital e inovação, a Plataforma Urbana Digital da Engenhoca, beneficiando crianças, jovens e idosos, e finalizando o chamamento público para um segundo equipamento. Hoje a Secretaria está coordenando um movimento amplo de fomento à inovação, através do fortalecimento do Ecossistema de Inovação de Niterói”, afirma Valéria Braga.

A secretária afirmou ainda que o Município tem definidas áreas prioritárias para o fomento à inovação – Saúde, TIC, Economia do Mar, Economia Criativa e Transição Energética e Descarbonização e destacou que Niterói possui uma governança própria desse ecossistema, com a participação da iniciativa privada, startups, governo, academia e sociedade civil.

O reitor da UFF, Antônio Claudio de Nóbrega, falou sobre a importância da educação nesse processo.

“A inovação é um processo necessário para a universidade. Mas quero dizer que o futuro está naturalmente nas crianças. Nós precisamos desenvolver o conceito de cidadania científica. Não necessariamente as crianças virão a ser grandes cientistas. O objetivo é que as crianças entendam que conhecer, olhar as evidências é a base do pensamento racional que constrói as relações da sociedade contemporânea. Eu acho que esse é um momento importante de reconstrução nacional a partir da ciência, tecnologia e do conhecimento, porque a educação, como o Paulo Freire dizia, não transforma a sociedade, ela modifica as pessoas e as pessoas transformam a sociedade”, explicou o reitor.

MACquinho – Na manhã desta segunda-feira (14), também foi assinado um termo de colaboração que destina um orçamento anual para o Centro Cultural de Cidadania e Economia Criativa de Niterói, conhecido como MACquinho, localizado no Morro do Palácio no Ingá. O objetivo é impulsionar a cultura e economia da cidade de Niterói, descentralizando o investimento nestas áreas.

Pela primeira vez o MACquinho será conduzido por uma moradora da comunidade do Morro do Palácio. A atual subsecretária de Governo, Walkiria Nictheroy, será a nova gestora do equipamento municipal. A iniciativa inédita visa fortalecer os laços entre a prefeitura, o centro cultural e a comunidade.