O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os líderes de toda a América do Sul, que estiveram reunidos nesta terça-feira (30) em Brasília, deverão apresentar no prazo de 120 dias um “mapa do caminho da integração” da região. O encontro contou com a presença dos 11 líderes do subcontinente, Lula (Brasil), Alberto Fernández (Argentina), Luís Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Guillermo Lasso (Equador), Irfaan Ali (Guiana), Mário Abdo Benítez (Paraguai), Chan Santokhi (Suriname), Luís Lacalle Pou (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela).
Durante o encontro, o presidente Lula reforçou a união das nações locais independente das divergências ideológicas. Sendo esse o principal fator e desafio para a cooperação no subcontinente, pois, enquanto presidentes de esquerda, como Lula, defendem a reativação da Unasul, figuras mais à direita resistem ao plano. A iniciativa da criação de um plano de integração regional da América do Sul partiu do próprio presidente Lula. A fórmula de cooperação entre os países é um desafio frente às divergências ideológicas locais.
Em discurso de abertura na cúpula, Lula garantiu que a integração será feita com respeito às diferenças.
– Julgo essencial a criação de um grupo de alto nível, a ser integrado por representantes pessoais de cada presidente, para dar seguimento ao trabalho de reflexão. Com base no que decidamos hoje, esse grupo terá 120 dias para apresentar um mapa do caminho para a integração da América do Sul – declarou o presidente.
Lula se declarou convencido da necessidade de um foro que nos permita discutir com fluidez e regularidade” os problemas da região e a integração para evitar que a América do Sul passe mais 500 anos na periferia do mundo.
– Enquanto estivermos desunidos, não faremos da América do Sul um continente desenvolvido em todo o seu potencial – declarou.
Durante o encontro também foi pautado ações coordenadas para enfrentamento da mudança climática, e a ampliação da cobertura vacinal em toda a América do Sul.