O processo de cassação da deputada federal Carla Zambelli foi arquivado pelo Conselho de Ética da Câmara, com um placar de 15 votos a favor e 1 contrário.
O deputado João Leão, que atuou como relator do caso, alterou sua decisão no último momento em apoio à parlamentar. Ele explicou: “Acredito que não se deve condenar alguém com base em dúvidas. Portanto, decidi modificar meu voto e passar a defender a inadmissibilidade do processo. Considero que o conselho está suficientemente preparado para lidar com este caso, dada a ampla repercussão que o mesmo teve.” A mudança de posicionamento do relator ocorreu porque, segundo ele, não existem provas substanciais, como um vídeo, que confirmem os insultos proferidos por Zambelli contra o deputado Duarte Jr.
Contexto do caso:
Na última segunda-feira (7), a deputada federal Carla Zambelli teve o seu testemunho adiado pela Polícia Federal. Ela era esperada na PF para prestar depoimento sobre sua ligação com o hacker Walter Delgatti Neto, no que diz respeito à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e possíveis planos relacionados à democracia. A defesa de Zambelli divulgou um comunicado informando que, embora a deputada esteja disposta a se pronunciar e esclarecer todos os eventos, ela se recusará a responder às perguntas até que lhe sejam entregues cópias completas do inquérito, a fim de garantir um amplo direito de defesa. Recentemente, a política foi alvo de busca e apreensão como parte de uma ramificação de uma operação conduzida pela Polícia Federal.
As ações realizadas foram motivadas pela revelação de pagamentos feitos por colaboradores de Zambelli a Delgatti. O hacker, reconhecido por seu envolvimento no caso conhecido como “Vaza Jato”, foi convocado a depor pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), mas a data exata do depoimento ainda está pendente.