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Wladimir diz que, no que depender dele e Rodrigo, pacificação está mantida

Foto: Reprodução

As tensas sessões da Câmara de Campos desta semana, com a oposição voltando a ser maioria na Casa e impondo ao prefeito 10% de remanejamento no próximo ano, além das emendas impositivas, não teriam abalado a relação entre Wladimir Garotinho (sem partido) e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (a caminho do União). De acordo com o prefeito, no que depender dele e de Rodrigo, o acordo está mantido. Os dois estiveram reunidos nesta quinta-feira (03), na capital.

Os principais líderes políticos da cidade no momento precisam convencer seus grupos em relação a isso. As trocas de farpas vistas na sessão de quarta-feira (02) não demostravam esse caminho. Nos momentos mais tranquilos, o vice-líder do governo na Casa, Juninho Virgílio (União) levantou várias possíveis falhas regimentais na sessão de terça (1º). Presidente da Câmara, Marquinho Bacellar (SD) lembrou que contestações podem ser feitas na Justiça e alfinetou a condução da Mesa no biênio anterior. Juninho rebateu, apenas, que os governistas vão estudar a melhor estratégia.

Sobre o encontro no Rio, Wladimir disse apenas que “está tudo bem”. Não falou sobre o assunto, mas deve esperar melhores condições de governabilidade na relação com a Casa, talvez até revertendo ou alterando o que foi votado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Nem uma foto foi publicada da reunião, até o momento desta publicação (a que ilustra o post é de arquivo, de outro encontro entre eles em março deste ano). O blog também tentou ouvir o presidente da Alerj, mas ainda não teve retorno.

Como destacou o blog, caberá a Wladimir, agora que decidiu pela manutenção da pacificação, atuar como algodão entre cristais dentro do seu próprio grupo. A começar pelo pai, Anthony Garotinho, que está com a metralhadora ligada nas redes sociais e prometeu, nesta quinta, voltar com o seu blog. Nas denúncias relacionadas a Campos, tem coisa que Garotinho fala que sobra para todo mundo, respingando até no próprio filho e atual prefeito.

Rodrigo também terá que atuar de forma efetiva junto ao seu grupo para manter a pacificação. O que aconteceu na aprovação das contas da ex-prefeita Rosinha Garotinho, por exemplo, demonstra que isso não seria uma grande dificuldade.

Se realmente o prefeito e o presidente da Alerj estão dispostos a manter a pacificação, a maior dificuldade para ambos parece ser estancar o desejo de atores políticos, dos dois lados, que torcem para o acordo desandar. Para esses, como também destacou o blog no artigo dessa quarta, o confronto gera mais dividendos eleitorais — e 2024 é logo ali.