Nem melhor, nem pior, apenas diferente. Assim podemos definir o time do Botafogo de Bruno Lage, que venceu o Coritiba por 4 a 1, gols de Gustavo Sauer (2) e Tiquinho Soares (2), neste domingo, no Estádio Nilton Santos, o primeiro triunfo do treinador português, em relação ao que era com o compatriota Luís Castro.
A começar pela escalação. Lage apostou em Gustavo Sauer como titular, um jogador que chegou com prestígio de um bom desempenho no futebol português, mas que não vinha com moral com a torcida. O investimento deu resultado, muito além dos dois gols e a assistência do camisa 10, com uma construção diferente de jogo.
Desde os minutos iniciais, Sauer trabalhava saindo da ponta-direita para o setor central do campo, explorando o espaço criado por Eduardo, que encostou o tempo inteiro em Tiquinho Soares no comando de ataque, mais do que o habitual de um meia que entra muito na área. Quem deu amplitude pelo lado direito foi o lateral-direito Di Plácido, subindo sempre pelo setor.
O início de jogo foi de um time muito intenso, que abriu o placar cedo, em um chutaço de Sauer, e tentou sufocar adversário dentro do campo de defesa. Ao mesmo tempo, deu um pouco mais de campo para o Coxa acelerar nos contra-ataques e explorar as bolas longas.
O Botafogo, mais uma vez, prova que pode superar as mais diferentes adversidades, da instabilidade esperada com a troca de comando a um jogo que pode sair de controle, de formas diversas. O título do primeiro turno, como disse Marçal, vale de nada, mas mostra um time preparado para ser campeão Brasileiro. A primeira metade já foi. Faltam 21 rodadas.