Ouça agora

Ao vivo

Vasco e Inter fazem ação contra racismo em São Januário pelo Brasileirão
Destaque
Vasco e Inter fazem ação contra racismo em São Januário pelo Brasileirão
Alexandre de Moraes decide manter a validade da delação de Mauro Cid
Brasil
Alexandre de Moraes decide manter a validade da delação de Mauro Cid
Rio aprova lei para proteger e reintegrar vítimas de trabalho escravo
Destaque
Rio aprova lei para proteger e reintegrar vítimas de trabalho escravo
PF indicia Bolsonaro e mais 36 em inquérito sobre tentativa de golpe
Brasil
PF indicia Bolsonaro e mais 36 em inquérito sobre tentativa de golpe
Festival Botecar chega ao Rio de Janeiro com variedade de petiscos criativos
Destaque
Festival Botecar chega ao Rio de Janeiro com variedade de petiscos criativos
Guapimirim celebra o ‘Fantástico Natal de Guapi’ com atrações mágicas e inclusivas
Baixada Fluminense
Guapimirim celebra o ‘Fantástico Natal de Guapi’ com atrações mágicas e inclusivas
Shopping Nova Iguaçu tem 300 vagas de emprego temporárias
Nova Iguaçu
Shopping Nova Iguaçu tem 300 vagas de emprego temporárias

Volume de serviços no Brasil recua 1,6% em abril, bem pior do que o esperado

Resultado do setor foi o mais fraco para o mês de abril desde 2020, pico da pandemia.
Foto: Reprodução

O volume de serviços do Brasil interrompeu os ganhos em abril com uma queda bem mais intensa do que o esperado, em um cenário de política monetária restritiva de um lado e programas de transferência de renda de outro.

Em abril, o volume de serviços retraiu 1,6% em relação ao mês anterior, de acordo com os dados informados nesta quinta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado compensa parte do ganho de 2,1% acumulado entre fevereiro e março e a contração foi bem mais forte do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,5%. Também foi o mais fraco para um mês de abril desde 2020, no pico da pandemia.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve alta de 2,7%, enquanto economistas esperavam avanço de 4,3%.

Com esses resultados, o setor encontra-se 10,5% acima do nível pré-pandemia e 2,9% abaixo do pico, de dezembro de 2022.

“O patamar em 2023 é mais baixo sim, mas não dá para dizer que há uma reversão de trajetória. O que se vê é uma perda de fôlego”, disse Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa no IBGE, lembrando que o setor vem de bases altas registradas em 2021 e 2022.

Depois de expandir 0,6% no primeiro trimestre segundo os dados do PIB (Produto Interno Bruto), os serviços devem começar a sentir com mais força o efeito dos juros altos, de acordo com analistas, que veem o setor andando de lado ou desacelerando ao longo de 2023.

Se de um lado o mercado de trabalho aquecido, a expansão da massa salarial e a política fiscal ajudam a atividade, de outro a taxa de juros elevada no país encarece o crédito.

“Fatores como crédito, inadimplência e juros, que afetam as empresas de uma maneira geral e também os consumidores, claro que têm efeito. As empresas investem se têm certeza da demanda e para competir com seus concorrentes”, disse Lobo.

O IBGE destacou no mês o desempenho do setor de transporte que, depois de avançar com força em março, despencou 4,4% em abril.

“Vários segmentos de serviços dentro desse setor acabaram por gerar um impacto negativo: gestão de portos e terminais, transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros e transporte dutoviário. Esses segmentos tiveram importância no âmbito do volume de serviços como todo, ultrapassando a fronteira do próprio setor”, explicou Lobo.

Também registraram queda no volume os serviços de informação e comunicação (-1,0%), dos profissionais, administrativos e complementares (-0,6%), e dos outros serviços (-1,1%).

A única atividade que expandiu em abril foi a de serviços prestados às famílias (1,2%), com ganhos em alojamento e alimentação (3,7%) e outros serviços prestados às famílias (3,5%).

“Continuamos a ver sinais de desaceleração para a atividade (econômica) à frente, já que segmentos mais cícilicos indicam uma tendência contínua de enfraquecimento devido às condições financeiras altamente restritivas”, avaliou em nota Gabriel Couto, economista do Santander Brasil.

O índice de atividades turísticas, por sua vez, encolheu 0,1% frente a março, marcando a terceira taxa negativa seguida, período em que acumula perda de 1,6%.

Com isso, o segmento de turismo está 0,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 6,7% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.