Após seis anos de espera, na manhã deste domingo (24), três suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson do Nascimento foram presos, em uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal.
Foram presos na operação Murder Inc, o atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão, seu irmão, o deputado federal do Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.
Rivaldo chegou a assumir chefia da Polícia Civil um dia antes do atentado contra a vereadora, em 13 de março de 2018. Ele teria combinado com Domingos Brazão de não andar com as investigações do caso. Durante as investigações do caso, cinco delegados que estavam a frente do inquérito foram afastados.
Os investigadores ainda trabalham para definir a motivação do crime. Do que já se sabe, o motivo tem a ver com a expansão territorial da milícia no Rio.
Além das três prisões neste domingo, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado. Os agentes apreenderam documentos e levaram eletrônicos para perícia.
De acordo com informações da inteligência da polícia, os suspeitos já estavam em alerta nos últimos dias, após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa. Por isso os investigadores decidiram fazer a operação no início deste domingo para surpreendê-los.