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Serra das Araras terá interdições por obras a partir de junho

Via, que passa por obras, terá detonações 'mais intensas' nos dois primeiros anos de obra
Foto: Reprodução

Até hoje com o traçado original, de 1928, a parte da BR-116 que corta a Serra das Araras será, enfim, duplicada. Isso significa que sairão do papel intervenções previstas no contrato da concessão passada, de 1996. Em abril, a empresa responsável pela Rodovia Presidente Dutra — a CCR RioSP — deu início às obras, que têm previsão de término em 2029. Ao longo desse período, serão realizadas implosões de rocha para a construção de viadutos que diminuirão a sinuosidade da via: por isso, a partir do próximo dia 5, uma quarta-feira, a pista de subida (sentido São Paulo) será interditada de segunda a quinta-feira, das 11h30 às 13h30, em rotina que irá durar pelos próximos anos.

A atual pista de descida (sentido Rio), que deixará de ser utilizada após o fim das obras, vai ser interditada por meia hora nessa primeira implosão, apenas “para monitoramento”, segundo a concessionária. Caso tudo corra conforme o planejado, a pista de descida não será mais fechada no restante do cronograma de detonações, prevê Virgilius Morais, gerente de engenharia da CCR RioSP.

Os horários e dias escolhidos foram os de menor fluxo na via e, em tese, não vão atrapalhar o início ou o fim dos turnos de trabalho. O período da noite foi descartado por se tratar de uma ação complexa: em alguns casos, pode ser necessário fazer algum tipo de evacuação da área, o que seria arriscado sem a luz do dia.

Diariamente, após os serviços, as equipes da concessionária farão a limpeza da pista antes de liberar o tráfego. A técnica escolhida para a detonação é chamada de “fogo cuidadoso”, quando há controle de vibração e redução de ruído.

— Como abafamos o material? Pegamos argila e pneus, que a gente corta e abre, fazendo um recobrimento de dois metros de altura. Isso ajuda a diminuir o tempo de liberação da pista — explica Virgilius Morais.

Nesse início de trabalho, no entanto, a previsão é de que não se use toda a janela de tempo planejada, já que o volume de rocha a ser detonado ainda é pequeno. Pode ser que a pista seja liberada antes do horário previsto, ou nem precise ser interditada em alguns dias de junho.

— Virando para julho, devemos começar a ter detonação nos quatro dias da semana (segunda, terça, quarta e quinta-feira). Esse trabalho será mais intenso no decorrer dos próximos dois anos e meio — calcula o gerente de Engenharia da concessionária.