Professores e funcionários da Educação do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, saíram do prédio da prefeitura no início da tarde desta terça-feira, 13. Mesmo com a desocupação, os profissionais mantêm a greve, que dura duas semanas, na qual cobram reajuste salarial e maior estrutura na rede.
O prefeito Wilson Reis (MDB) chegou a ir à sede do Executivo no início da noite de ontem, mas partiu minutos depois, sem realizar diálogos com os presentes. Os protestantes alegam que o ato foi encerrado por causa do mal estar de alguns participantes. Houve denúncias dos participantes de que os banheiros foram trancados, para que ninguém tivesse acesso a essas áreas do edifício. “A mensagem foi passada”, defende Renata Roseo, professora da cidade.
Ainda sem avanços negociados, os manifestantes defendem correção de 37% nos soldos, para corrigir a perda inflacionária dos últimos sete anos e exigem um calendário de pagamentos. Os dias de greve foram descontados do pagamento dos servidores, que entraram na Justiça para reaver os decréscimos.
A prefeitura de Duque de Caxias destaca o pagamento antecipado dos salários neste mês de junho, com praticamente um mês de antecedência. “O piso nacional da educação também é respeitado mediante complementação da única categoria cuja remuneração (salário mais proventos) não o alcança”, destaca a assessoria.
Os educadores realizarão assembleia na manhã da próxima quarta-feira para negociar, com a prefeitura, mudanças na Educação.
Na quinta-feira (8), durante as festividades de Santo Antônio, padroeiro da cidade, membros do Sepe foram xingados pelo político Washington Reis, secretário de transportes do estado do Rio de Janeiro e ex-prefeito do município, denuncia a professora Renata Roseo.