O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que o comando da sua segurança pessoal voltará a ser subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A medida foi confirmada pelos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Flávio Dino (Justiça) em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (28).
Segundo Costa, a estrutura terá, a partir de julho, um formato híbrido, com a participação de civis, policiais e militares.
Desde janeiro, a segurança imediata de Lula era realizada por uma secretaria extraordinária, comandada pelo delegado da Polícia Federal Aleksander Oliveira e vinculada ao gabinete pessoal do presidente.
A secretaria foi criada por Lula com previsão de funcionar por seis meses, prazo que se encerra nesta semana.
Na atual estrutura, a maior parte da equipe de segurança é composta por policiais federais, seguindo o padrão adotado na transição de governo, no final do ano passado. Em gestões passadas, a competência era de militares, representados pelo GSI.
A definição do modelo de segurança colocou militares e Polícia Federal em atrito, pois ambos queriam coordenar a segurança direta do presidente da República,
Na nova estrutura, caberá a Lula escolher os responsáveis por sua segurança em viagens e compromissos oficiais.
De acordo com o ministro da Casa Civil, caso Lula e Alckmin queiram, poderão ser convidados para as equipes de seguranças policiais militares e civis cedidos pelos estados.
As mudanças — avalizadas pelo presidente em encontro, na tarde desta quarta, com Costa, Dino e o ministro do GSI, general Amaro — serão publicadas no “Diário Oficial da União” desta sexta-feira (30).
Além do presidente, a estrutura também é responsável pela segurança do vice-presidente, Geraldo Alckmin; da primeira-dama, Janja Lula da Silva; e de familiares.