Após o forte crescimento no início do ano, a economia brasileira freou e reduziu o ritmo no segundo trimestre. De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB, valor de todos os bens e serviços produzidos no país) cresceu 0,9% ante o primeiro trimestre, abaixo do avanço de 1,8% registrado nos três primeiros meses do ano.
A freada já era esperada. Pesquisa do jornal Valor sobre as projeções de analistas de instituições financeiras e consultorias apontava para um crescimento de 0,3% no PIB do segundo trimestre sobre o primeiro.
Diferentemente do início do ano, quando um salto no PIB da agropecuária puxou a atividade econômica como um todo, a dinâmica do consumo, ainda afetada pelas altas taxas de juros, impôs um ritmo mais moderado ao crescimento econômico.
A agropecuária recuou no período de abril a junho. A queda já era esperada, por causa do forte salto do início do ano. E porque a colheita da soja, cuja produção recorde é o carro-chefe da supersafra de grãos deste ano, se concentra mais pelo primeiro do que no segundo trimestre, diz um relatório do Itaú Unibanco, divulgado antes dos dados desta sexta-feira.
Apesar da desaceleração, a expectativa para avanço do PIB no ano foi revista para cima na última segunda-feira. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central e que reúne previsões de analistas, a projeção de crescimento para a economia brasileira subiu de 2,29% para 2,31%.