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Secretaria Municipal de Saúde demite cinco funcionários após paciente sem pernas ser abandonado na porta de hospital

Daniel Soranz classificou o caso como 'gravíssimo' e que necessita de 'punição exemplar para que não se repita'
Foto: Reprodução

O secretário municipal de Saúde Daniel Soranz afirmou que a prefeitura do Rio demitiu cinco pessoas e aplicou 14 medidas disciplinares a funcionários envolvidos no caso do homem abandonado na frente do Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. Soranz classificou a situação como “gravíssima” e que necessitava de “punição exemplar para que não se repita”.

O caso ocorreu na última segunda-feira. Sem as duas pernas e usando uma sonda, o paciente foi encontrado sozinho na calçada, sob o sol e sem nenhuma assistência. De acordo com testemunhas, ele foi deixado pelos próprios maqueiros da unidade e que foi deixado na rua após a assistente social do hospital afirmar que “não poderia fazer mais nada por ele”.

O próprio hospital acionou o Ministério Público para apurar o caso. Em nota, o Hospital Municipal Pedro II informou, na última segunda-feira, que “tentava articulação com uma instituição de acolhimento para recebê-lo, quando outros funcionários atenderam ao pedido do usuário para ser levado para fora, pois ele se negava a permanecer no hospital, informando que teria alguém para buscá-lo”.

Confira o comunicado na íntegra:

“A direção do Hospital Municipal Pedro II informa que o homem foi deixado no hospital por um abrigo de Búzios, sem qualquer indicação de atendimento médico no momento. O Serviço Social tentava articulação com uma instituição de acolhimento para recebê-lo, quando outros funcionários atenderam ao pedido do usuário para ser levado para fora, pois ele se negava a permanecer no hospital, informando que teria alguém para buscá-lo. Ao ser observado que não havia ninguém para buscá-lo, mesmo contra a vontade do usuário, a unidade o mantém sob guarda, até que o Serviço Social consiga encaminhá-lo para uma instituição de acolhimento, uma vez que não tem familiares próximos para recebê-lo”.