A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) realizou, na última terça-feira (24), uma oficina de capacitação para o “Parto Seguro” aos 92 municípios fluminenses. O webinário contou com a participação de mais de 150 profissionais de todas as regiões do estado e faz parte das ações de combate à mortalidade materna desenvolvidas pela Secretaria no estado do Rio de Janeiro. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, diariamente, 830 mulheres morrem por causas evitáveis relacionadas à gestação e ao parto no mundo.
“Esse é um dos principais compromissos da minha gestão. As ações que visam à melhora da qualidade da assistência obstétrica prestada nas maternidades de nosso estado precisam ser constantemente atualizadas e, principalmente, executadas nas unidades”, afirmou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
A estruturação do “Protocolo de Implementação da Lista de Verificação para o Parto Seguro” da SES-RJ foi desenvolvida com base na atenção em quatro momentos do atendimento clínico: a admissão obstétrica, o nascimento (via vaginal ou na cesariana), na primeira hora de vida (em suas dimensões materna e neonatal) e antes da alta.
Dr. Antonio Braga, coordenador estadual da Saúde das Mulheres da SES-RJ, destacou que a Secretaria fortalecerá seu papel de acompanhamento do protocolo para o parto seguro, o que está em consonância com outras medidas já implementadas para combater e reduzir a mortalidade materna no estado do Rio de Janeiro.
“Nesses momentos, é fundamental avaliar o bem-estar materno e perinatal, identificar fatores de risco para complicações clínicas como hemorragia, sepse e pré-eclâmpsia para, a partir disso, instalar condutas específicas, como medicamentos profiláticos para evitar o sangramento, antibióticos para as infecções e anti-hipertensivos e anti-convulsivantes para evitar a eclâmpsia”, explicou.
O documento reforça ainda as orientações sobre os direitos da presença do acompanhante e da doula.
“Antes da alta, deve-se garantir a transição do cuidado da atenção hospitalar para a atenção primária à saúde, municiando a paciente com informações sobre o parto e os cuidados continuados que precisam ser instalados ou reforçados na atenção primária, tais como o aleitamento materno, o tratamento de intercorrências no parto e o planejamento familiar”, concluiu Dr. Braga.