A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), tem reforçado as orientações aos 92 municípios sobre os riscos da doença febre maculosa que se intensificou nos últimos meses. A doença é transmitida pelo carrapato-estrela e tem alto índice de letalidade. No Brasil, os principais vetores são os carrapatos-estrela. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da febre maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.
De janeiro a 14 de junho deste ano foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), 40 casos suspeitos de febre maculosa, oito deles foram confirmados e duas evoluíram a óbitos no município de Itaperuna, no Noroeste do estado, em março e maio deste ano. Em 2022 foram confirmados 33 casos de febre maculosa no RJ, 12 deles resultaram em mortes. Em 2021, foram 21 casos e nove mortes; e em 2020, 11 casos e duas mortes.
Equipes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) têm solicitado aos 92 municípios fluminenses a identificação dos locais prováveis de infecção e a realização de buscas no ambiente pelos vetores da doença. Foram realizadas reuniões com as secretarias municipais de Saúde para orientar os técnicos das vigilâncias epidemiológica e ambiental, atenção primária à saúde, médicos e enfermeiros da assistência, sobre notificação, investigação de casos e de ambientes, diagnóstico e tratamento da febre maculosa.
Desde 2020, todo caso de febre maculosa é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Deve-se iniciar a investigação epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes.
– É importante que as pessoas tomem alguns cuidados caso residam ou visitem áreas endêmicas, como as regiões Serrana, Noroeste e parte do Norte no estado do Rio de Janeiro. Para quem está nessas localidades, recomendamos que evitem caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos e optem por roupas claras. A tonalidade da roupa facilita a identificação da presença do carrapato para que possa ser retirado – orienta Mario Sérgio Ribeiro, superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES-RJ.