O salário mínimo do ano que vem deve ter um reajuste de quase cem reais. Isso porque o governo proposto que o mínimo passasse dos atuais R$ 1.320 para ao menos R$ 1.412 a partir de janeiro de 2024, com pagamento em fevereiro do ano que vem. O valor representa uma alta de R$ 92. Apesar da expectativa do reajusta, o valor ficou abaixo dos R$ 1.421 estimados pelo governo na proposta de orçamento deste ano.
O cálculo do mínimo para o ano que vem considera a nova política permanente de valorização do salário mínimo dentro do chamado arcabouço fiscal, já aprovada pelo Congresso Nacional.
Já este ano, o governo enviou e o Congresso aprovou uma lei que define uma fórmula de valorização do salário mínimo – ou seja, de aumento do valor acima da inflação. Além disso, o governo também avalia que o aumento real do salário mínimo, em conjunto com o processo de corte dos juros básicos da economia, devem impulsionar a demanda doméstica em 2024 e ajudar no crescimento do Produto Interno Bruto – estimado em 2,5% pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Consequência nas contas públicas
Ao conceder um reajuste maior para o salário mínimo, o governo federal também gasta mais. Isso porque os benefícios previdenciários não podem ser menores que o valor do mínimo.
De acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo cria-se uma despesa em 2024 de aproximadamente R$ 389 milhões.