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Rio utiliza peixes barrigudinhos no combate à dengue

Os predadores se alimentam de larvas e servem para conter a proliferação do mosquito
Foto: Divulgação SMS

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) vem intensificando as estratégias de combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. Uma dessas técnicas é o controle biológico, uma forma de conter a proliferação do inseto por meio de predadores que se alimentam de larvas. Os animais utilizados são os peixes chamados barrigudinhos (Poecilia reticulata), que os agentes de vigilância em saúde colocam em locais com grande quantidade e acúmulo de água para evitar que as larvas se desenvolvam e se transformem no mosquito transmissor das arboviroses.

Além de se alimentarem predominantemente por larvas do mosquito, os barrigudinhos são escolhidos para essas ações por serem mais resistentes a variações de temperatura e à poluição orgânica da água. O seu tamanho pequeno também pode favorecer a sua movimentação em locais estreitos devido à vegetação ou ao acúmulo de lixo. Ao serem colocados nos reservatórios, os peixes se reproduzem rapidamente e vão sendo acompanhados pelos agentes de vigilância em saúde.

“A larva é a fase jovem do mosquito transmissor da dengue e o seu desenvolvimento acontece inicialmente dentro d’água. Nem todo peixe se alimenta predominantemente de larvas. O barrigudinho é selecionado como método de controle biológico justamente porque ele tem preferência pelas larvas do mosquito em relação a outros alimentos. É uma estratégia muito eficaz no controle do Aedes aegypti e ambientalmente correta, uma vez que dispensa o uso de produtos químicos nesses locais”, explica o coordenador de vigilância ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Rafael Pinheiro.

 

Altas temperaturas aceleram a eclosão dos ovos e o desenvolvimento das larvas do mosquito

Os peixes podem ser colocados em locais como chafarizes, piscinas, grandes obras abandonadas e locais alagados com dificuldade de drenagem, que são mais frequentes em período de muitas chuvas. No município do Rio, a combinação com as altas temperaturas acelera a eclosão dos ovos e o desenvolvimento das larvas. Não é indicado que os peixes sejam colocados em áreas naturais, como rios, lagos e lagoas, para evitar que eles se tornem predadores das espécies naturais daquele ambiente, gerando um impacto ecológico.

Pedidos de vistoria ou denúncias de possíveis focos do Aedes aegypti devem ser feitos pelo 1746

Quando necessário, a população pode fazer pedidos de vistoria ou denunciar possíveis focos do mosquito pela Central de Atendimento da Prefeitura, no telefone 1746. Os agentes de saúde irão ao local e, após avaliação, adotarão o método de controle de vetor mais indicado para a situação. Em 2024, até o momento, 96% dos chamados de inspeção contra focos de dengue recebidos por este canal foram atendidos dentro do prazo.

No controle do mosquito causador da doença, a SMS também realiza ações educativas e de mobilização social para orientar a população sobre as medidas para a prevenção das arboviroses urbanas, visando despertar a responsabilidade sanitária individual e coletiva, já que a maioria dos focos do mosquito se encontra dentro do ambiente domiciliar. O combate à dengue deve ser um pacto social em que toda a sociedade se envolva, cada cidadão fazendo a sua parte para evitar a proliferação do Aedes aegypti.