A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) registrou 22 atendimentos relacionados ao calor extremo neste fim de semana, um caso a cada duas horas, na rede de urgência e emergência (UPAs e hospitais de emergência). Desse total, quatro casos foram de queimaduras de segundo grau decorrentes do uso de bronzeadores. Os demais resultaram de descompensação de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, devido ao calor.
As principais orientações para este período são evitar exposição ao sol e atividades externas nas horas mais quentes do dia; usar protetor solar em caso de exposição; manter a hidratação; evitar alimentação pesada e bebidas alcoólicas; e buscar ambientes mais frescos, com ventilador ou ar condicionado; não esquecer de tomar medicamentos para quadros crônicos, como hipertensão, insuficiência cardíaca e diabetes.
Os principais afetados pelas ondas de calor são as gestantes, idosos, crianças pequenas, pessoas em situação de rua e os trabalhadores formais e informais que passam a maior parte do tempo na rua.
É importante prestar atenção aos sintomas de problemas causados pelo calor como insolação, dores de cabeça, enjoos, câimbras e fadiga, após exposição a temperaturas elevadas. Nestes casos, a indicação é procurar uma unidade de saúde para avaliação dos sintomas.
Também é importante ficar atento ao surgimento de focos de mosquitos em períodos de temperaturas mais elevadas, já que o calor proporciona o aumento de insetos, principalmente o Aedes aegypti. Vale destacar ainda o cuidado com os animais de estimação, que devem estar sempre hidratados e mantidos sob sombra e em locais arejados em horários de calor mais intenso.
A rede municipal de saúde do Rio de Janeiro possui, ao todo, 32 unidades de urgência e emergência, sendo 15 unidades de pronto atendimento (UPA), 7 centros de emergência regional (CER), 8 hospitais de emergência e dois hospitais de pronto atendimento. Toda a rede de urgência e emergência está habilitada e preparada para acolher pacientes com quadros possivelmente relacionados a variações climáticas sazonais, seja no inverno ou no verão. Vale destacar ainda que os principais casos são atendidos nas clínicas da família e centros municipais de saúde, próximos às residências.
A SMS monitora as mudanças climáticas e suas implicações na saúde da população, informando as ações e medidas de proteção à saúde e mapeando as áreas de risco ambiental da cidade. Além de investir na qualificação da rede de atenção à saúde para a prevenção, preparação, vigilância e resposta às potenciais emergências em saúde pública, decorrentes de desastres climatológicos.
A SMS também mantém vigilância ativa nos territórios, junto aos demais órgãos responsáveis, para atualização de informações, avaliação de riscos à saúde por exposição ao calor e monitoramento da situação de saúde da população exposta.