O prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá, estabeleceu um grande desafio para seu terceiro mandato, que começa em janeiro: criar condições para que, entre 6 e 8 anos, a economia do município não dependa exclusivamente dos royalties do petróleo. O caminho para atingir essa meta, segundo ele, é acelerar a industrialização da cidade e transformá-la em um polo turístico internacional.
Quaquá detalhou as principais intervenções que pretende realizar, com recursos públicos, para estimular a iniciativa privada, gerar empregos sustentáveis e impulsionar o desenvolvimento local.
Uma das prioridades é concluir as negociações com os proprietários do Puy du Fou, parque temático francês mundialmente famoso por suas recriações históricas e espetáculos grandiosos. Os shows combinam tecnologia de ponta, cenários impressionantes e performances ao vivo com centenas de figurantes, atraindo milhões de visitantes todos os anos.
Outros projetos âncora para atrair turistas a Maricá incluem o complexo hoteleiro “Samba, Futebol e Caipirinha” e um conjunto de oito obras assinadas por Oscar Niemeyer, que serão construídas para abrigar equipamentos culturais. “Maricá será a cidade mundial com mais obras de Niemeyer depois de Brasília”, afirmou Quaquá.
Durante a entrevista para o programa “Líderes em destaque”, Quaquá, que também é vice-presidente nacional do PT, criticou a “visão fundamentalista” de setores que utilizam o discurso das mudanças climáticas para barrar projetos de desenvolvimento no Brasil, como a exploração de petróleo na Região Norte. “É um fundamentalismo que só beneficia aqueles que não querem que o Brasil se desenvolva”, argumentou.
Ele também afirmou que o governo Lula precisa “sair dessa briga com Bolsonaro” e apresentar um plano consistente para o desenvolvimento do país nos próximos 20 anos, com metas claras e objetivas. Quaquá defendeu a criação de uma lei que institua o Conselho da República, com atribuições para aprovar e licenciar projetos de investimento superiores a R$ 1 bilhão. Segundo ele, isso aceleraria a criação de empregos e reduziria a influência dos “fundamentalistas” contrários ao progresso. “Em um ano, o Conselho decidiria se o projeto pode ou não ser executado”, explicou.
A entrevista ao jornalista Leandro Mazzini, do programa “Líderes em destaque”, na Band TV foi ao ar neste sábado (30) às 8h30.
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