O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez uma advertência à Polônia de que trataria qualquer “agressão” à aliada Bielorrússia como um ataque ao seu próprio país. A declaração surge após Varsóvia anunciar o envio de tropas para reforçar sua fronteira oriental em resposta à presença de forças mercenárias do grupo Wagner, que realizam treinamentos na região.
As ameaças, que podem aumentar ainda mais as tensões entre a Rússia e a Europa, não são as primeiras que o Kremlin faz contra a Polônia — um dos maiores apoiadores de Kiev desde a invasão do país. A Polônia é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e não demonstrou nenhuma intenção de realizar uma ação militar unilateral e não provocada, o que poderia levar ao envolvimento das potências ocidentais no conflito.
Varsóvia anunciou que planeja aumentar sua presença militar perto da fronteira com a Bielorrússia, e de construir novas defesas no local. Autoridades polonesas alertaram anteriormente sobre o início de uma “nova fase de guerra híbrida” após o anúncio de acordo para permitir a entrada de combatentes mercenários do grupo Wagner na Bielorrússia. E também criticaram o auxílio do vizinho a migrantes que cruzam a fronteira como parte do plano da Rússia de atacar a Europa.