Nesta terça-feira (6), o príncipe Harry compareceu ao Supremo Tribunal de Londres para sua audiência contra o editor do jornal Daily Mirror. Com isto, ele se torna o primeiro membro da realeza a testemunhar desde 1891. O Duque de Sussex, que vive na Califórnia com a esposa e os filhos, desembarcou no Reino Unido nessa segunda-feira (5).
O príncipe foi criticado por um dos principais juízes do país e acusado de “fazer o tribunal perder tempo” depois de faltar ao primeiro dia de seu caso histórico, nessa segunda, para comemorar o aniversário de sua filha Lilibet em Montecito. A pequena completou dois anos de vida no último domingo (4).
Harry e mais de cem outras pessoas estão processando a Mirror Group Newspapers (MGN), editora dos tablóides “Daily Mirror”, “Sunday Mirror” e “Sunday People”, alegando que os veículoshackearam seus telefones para obter informações privadas sobre suas vidas, entre 1991 e 2011. Os envolvidos incluem atores, estrelas do esporte, celebridades e pessoas que simplesmente tiveram uma conexão com figuras importantes.
Durante seu depoimento, o caçula do rei Charles III, alegou temer ser “expulso da realeza” por causa do burburinho de não ser filho do monarca, mas sim do major James Hewitt, um dos casos extraconjugais de sua mãe, a falecida princesa Diana. E enfatizou que os rumores foram “muito prejudiciais” para sua vida. Ele definiu os boatos em torno do tema como “dolorosos”, “mesquinhos” e “cruéis”.
O marido de Meghan Markle também criticou o tratamento que sofreu nas mãos da imprensa, alegando que foi rotulado de “príncipe playboy”, “idiota” e “fracassado”. E chegou a declarar que os tabloides incitaram “ódio e assédio” na vida privada dele e de sua esposa.
A MGN está contestando as reivindicações e argumenta que alguns dos processos foram abertos tarde demais, como o de Harry.
Harry deve prestar depoimento durante três dias.