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Presidente Lula diz que com enchentes no RS, Brasil pode ter que importar arroz e feijão

A declaração foi feita durante o programa "Bom dia, Presidente"
Foto: Divulgação

Nesta terça-feira (07), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o país pode precisar importar arroz e feijão para equilibrar a produção e conter o aumento dos preços. A declaração foi feita durante o programa “Bom dia, Presidente” enquanto o presidente comentava sobre os efeitos dos temporais registrados no Rio Grande do Sul no agronegócio brasileiro,

“Fiz uma reunião com o ministro [do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar] Paulo Teixeira e com o ministro [da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] Carlos Fávaro sobre a questão do preço do arroz e do feijão, porque estavam caros. Eu disse que não era possível a gente continuar com o preço caro. Alegaram que a área plantada estava diminuindo e que havia um problema do atraso da colheita no Rio Grande do Sul.”

“Agora, com a chuva, acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Se for o caso, para equilibrar a produção, vamos ter que importar arroz, vamos ter que importar feijão. Para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, completou.

Lula e os ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura já vinham tratando o tema por causa da alta nos preços dos alimentos que compõem a cesta básica. O custo destes produtos seguem subindo acima da média desde outubro do ano passado. Em março, o governo Lula expôs que esperava uma queda no preços dos alimentos até abril. No mesmo mês, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o preço da saca de arroz já reduziu de R$ 120 a R$ 100.

O Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz no Brasil, uma vez que responde por 70% da produção nacional do grão. Considerado o terceiro cereal mais cultivado no planeta, o alimento deve sofrer uma pressão nos preços. As chuvas que atingem o estado podem quebrar a safra de arroz entre 10% e 11% e provocar um prejuízo de R$ 68 milhões, estima o Datagro.