Na manhã desta terça-feira, dia 14, um edifício de quatro andares, erguido de forma irregular por milicianos na Ilha da Gigoia, na região da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, está sendo demolido.
A construção, cujo valor é estimado em R$ 4 milhões, é um ponto de encontro tanto para os moradores da cidade quanto para os turistas que a visitam.
Essa edificação não possui a autorização necessária da Prefeitura do Rio e, de acordo com especialistas, não se enquadra nos padrões urbanísticos da região, tornando-se ilegal.
Dos quatro andares, três já possuem estrutura de alvenaria e emboço finalizados, com pisos de mármore que seriam destinados a moradias. O último andar estava programado para abrigar um salão de jogos e área de lazer, resultando em uma área total ocupada de aproximadamente 300 metros quadrados.
Desde 2021, a Secretaria de Ordem Pública (Seop) já conduziu 2.794 demolições de construções irregulares em todo o município do Rio, sendo 75% delas em áreas sob influência do crime organizado. “Nós compreendemos que esses grupos criminosos exploram o mercado imobiliário irregular como forma de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, o que sublinha a importância dessa colaboração com o Ministério Público”, destaca Brenno Carnevale, Secretário de Ordem Pública.
A operação de demolição é realizada pela Secretaria de Ordem Pública (Seop) em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O prédio encontra-se desocupado e o proprietário já havia sido notificado para interromper a obra.
Além disso, agentes da Secretaria de Conservação, Guarda Municipal, Comlurb, Rio Luz e Águas do Rio também participam da operação.