Desde as primeiras horas desta sexta-feira (28/6), a Secretaria de Estado de Polícia Militar desencadeou uma série de operações para reprimir a facção criminosa responsável pela maioria das disputas territoriais na região metropolitana do Rio de Janeiro. Dentre os objetivos, localizar e prender os membros desse grupo criminoso, assim como apreender armas de fogo, recuperar veículos roubados e desobstruir vias de diversas regiões.
Na Comunidade da Mangueirinha, em Duque de Caxias, o 15º BPM (Duque de Caxias) apreendeu dois fuzis e uma pistola. Durante as ações, criminosos armados atiraram contra os policiais e houve confronto. Dois suspeitos foram atingidos. Um deles não resistiu e o outro foi socorrido ao Hospital Estadual Adão Pereira Nunes. Um terceiro homem foi preso.
Na Comunidade do Juramentinho, em Tomás Coelho, equipes do 3º BPM (Méier) e do 41º BPM (Irajá) atuam com os mesmos objetivos, assim como equipes do 17º BPM (Ilha do Governador) atuam na Comunidade do Barbante, na Ilha do Governador.
Na Comunidade da Mangueira, também na Zona Norte, equipes do Comando de Operações Especiais (COE) atuam em conjunto com equipes da Secretaria de Estado de Polícia Civil. Nos Complexos do Alemão e da Penha, equipes das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) locais e do 16º BPM (Olaria) atuam no cerco aos acessos, enquanto equipes da PCERJ realizam uma ação no interior das comunidades.
Operação da Polícia Civil
A Polícia Civil também faz uma grande operação nesta sexta-feira (28/06) nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio. Durante a ação, dois moradores foram baleados nas imediações da Vila Cruzeiro. A corporação alega que tenta cumprir 4 mandados de prisão contra lideranças do tráfico de outros estados que se esconderam na Penha. No entanto, a Civil não informou quem seria os suspeitos.
Trinta e seis escolas estão fechadas e 3 unidades de saúde suspenderam as visitas domiciliares.
Desde o final da madrugada, moradores relatam uma intensa troca de tiros.
Carros blindados da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) percorrem vias da Penha e do Alemão.
Bandidos atearam fogos em várias barricadas para evitar que os policiais entrassem nas comunidades. Os criminosos também usaram caçambas de lixo e carros como trincheiras.
Escolas fechadas, mudança de itinerário de ônibus e atendimento à saúde comprometido
Por causa do confronto, 36 unidades de ensino dos Complexos da Penha e do Alemão suspenderam as aulas na manhã desta sexta. A Secretaria Municipal de Educação (SME) disse que no Complexo da Penha, 16 unidades escolares foram impactadas pelas operações.
Já no Complexo do Alemão, foram 20 unidades foram fechadas.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que suspendeu as visitas domiciliares feitas por agentes da Clínica da Família Felippe Cardoso. Mas, que a unidade de saúde está aberta para funcionamento.
Já no Complexo do Alemão, as Clínicas da Família Zilda Arns e Valter Felisbino de Souza também suspenderam as visitas. As unidades estão funcionando normalmente.
Segundo a Rio Ônibus, por conta da operação, 9 linhas de ônibus que circulam na região estão com desvio no itinerário
Operações em outros pontos da cidade
O Morro da Mangueira, na Zona Norte, também é palco de uma operação nesta sexta. Policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE) — que comanda agentes do Batalhão de Choque (BPChq) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) — atuam na região.
Assim como no Alemão e na Penha, moradores relataram um intenso tiroteio na comunidade. Caçambas de entulho também foram utilizadas como barricadas e colocadas no meio da rua no interior da Mangueira.
Dois veículos blindados e um helicóptero estão sendo utilizados na ação. Não há informações de feridos.
*Reportagem em atualização
