A policial federal Karina Lino de Miranda, vítima dos disparos efetuados por Roberto Jefferson em outubro de 2022, moveu uma ação cível contra o ex-deputado federal em busca de uma indenização no valor de R$ 1 milhão por danos morais, físicos, estéticos, psicológicos, à honra e à reputação.
A advogada Estela Nunes, que representa Karina, alega que além dos atos brutais cometidos, Roberto Jefferson ainda expôs a imagem da agente ao filmar e compartilhar o vídeo nas redes sociais, o que causou uma repercussão negativa significativa para ela, que sempre foi uma pessoa discreta.
Karina possui uma cicatriz ao lado do olho direito, resultado do ataque, que causou a perda de sensibilidade na região. A advogada enfatiza que a violência causou lesões físicas significativas, deixando diversas sequelas e uma cicatriz no rosto, que é uma constante lembrança do evento traumático.
A ação está em fase inicial e está sendo conduzida na 1ª Vara da Comarca de Três Rios, Areal e Levy Gasparian. Paralelamente, Roberto Jefferson enfrenta acusações de tentativa de homicídio contra quatro policiais federais e vai a julgamento popular. A decisão foi proferida pela juíza Abby Ilharco Magalhães.
Relembrando o ataque, em outubro do ano passado, Roberto Jefferson foi preso após resistir à ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes. Durante sua prisão em sua residência em Comendador Levy Gasparian, interior do Rio de Janeiro, ele disparou tiros de fuzil e lançou granadas contra os agentes que foram ao local, resultando em ferimentos em dois policiais.
Atualmente, Roberto Jefferson está sob custódia no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, devido à alegação da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) de que o hospital penitenciário não tinha recursos suficientes para seu tratamento. Ele enfrenta acusações de tentativa de homicídio com uso de recurso que dificulta a defesa da vítima, bem como outros crimes relacionados ao ataque.