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Polícia Civil e MPRJ prendem guarda municipal em operação contra suspeita de pirâmide financeira dentro da própria corporação

Segundo as investigações, o agente Rodrigo Cesar de Souza da Silva e Jadson Luiz do Nascimento Gonçalves, donos da Investimento Confiança, ofereciam até 5% de rendimento ao mês, mas não pagaram os valores
Imagem: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam na terça-feira, dia 7, Rodrigo Cesar de Souza da Silva, guarda municipal, como parte da Operação Alta Confiança, que visa desmantelar um esquema de fraude financeira dentro da corporação. Jadson Luiz do Nascimento Gonçalves, sócio de De Souza, ainda estava foragido até a última atualização deste relato. O caso veio à tona quando foi divulgado pelo programa RJ2 em março.

A 57ª Delegacia de Polícia (Nilópolis) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) iniciaram investigações contra De Souza e Jadson, proprietários da Investimento Confiança, também conhecida como IC Invest, devido à suspeita de operarem uma pirâmide financeira. Na Justiça, existem 60 processos contra ambos. De acordo com o Gaeco, que apresentou denúncias contra De Souza, Jadson e mais 6 pessoas, a organização criminosa movimentou, entre 2021 e 2022, pelo menos R$ 134 milhões.

A 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa emitiu 2 mandados de prisão e 8 de busca e apreensão em endereços na Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Detalhes das denúncias foram fornecidos por 12 servidores da Guarda Municipal à Corregedoria da autarquia e ao MPRJ. Segundo os depoimentos, as transferências de recursos eram direcionadas para 3 contas bancárias: uma pertencente à Investimento Confiança, outra à IC Invest e a terceira em nome de Jadson. De Souza atraía os investidores dentro da Guarda Municipal oferecendo Day Trading, uma operação financeira baseada na oscilação do preço de ativos ao longo do dia.

Para ingressar no negócio, os investidores contraíam empréstimos bancários ou realizavam aportes de até R$ 40 mil via cartão de crédito. A dupla prometia uma rentabilidade mensal de 5%, mas esses ganhos nunca foram pagos.

Uma das vítimas compartilhou sua experiência: “Eu me atraí porque seria um valor razoável, 10%, ia me ajudar financeiramente. Acabei cedendo a essa ilusão, a gente sabe que não existe esse tipo de investimento hoje em dia. Fiz o primeiro contrato de R$ 30 mil. Vendi um carro na época e também vendi uma casa, perdendo, no total, R$ 110 mil.”

O MPRJ afirmou: “Para dar credibilidade à atividade, os denunciados simulavam cenários de operações na bolsa, alugavam helicópteros e ostentavam um estilo de vida luxuoso nas redes sociais, com carros importados, viagens caras, passeios de alto valor e residência em um bairro nobre da capital fluminense.”

A denúncia do Gaeco também relata que os investidores perceberam que haviam sido vítimas de um golpe de pirâmide quando receberam um comunicado das empresas informando a redução das taxas de lucro e rendimentos. Segundo os relatos, as promessas de ganhos caíram de 5% ao mês para 2% e até 1% ao mês, chegando à completa interrupção dos pagamentos.

O Guarda Municipal informou em nota que De Souza foi afastado e que “o caso está sendo acompanhado pela Corregedoria, e a instituição está colaborando com as investigações do Ministério Público e da Polícia Civil.”