A um pouco mais de 13 meses das Olimpíadas, a polícia parisiense realiza várias operações de busca nesta terça-feria em locais vinculados aos jogos de Paris em 2024. Os principais alvos da operação são a sede do Comitê de Organização (Cojo) e a Empresa de Obras Olímpicas (Solideo), de acordo com a Procuradoria Nacional de Finanças (PNF), com suspeitas de ações ilegais de interesses e favorecimento.
O Cojo garante que está cooperando com o caso e afirma que operação já estava em curso em sua sede em Saint-Denis, perto da capital francesa, sem revelar o motivo. O Ministério Público tem uma possível explicação para as irregularidades. A entidade afirmou que estas buscas são consequências de duas investigações preliminares, abertas em 2017 e 2022, por suspeitas de ações ilegais de interesses e favorecimento. Ambas estão relacionadas a contratos atribuídos por instituições vinculadas à organização dos Jogos.
De acordo com uma fonte próxima à investigação, as buscas são feitas pelo Oclciff (Escritório Central de Combate à Corrupção e Ofensas Financeiras e Fiscais) e pela BRDE (Brigada Financeira da Polícia Judiciária). O Tribunal de Contas da França está acompanhando de perto o caso e deve publicar um relatório em breve.
Em 2021, dois relatórios da Agência Francesa Anticorrupção (AFA) apontaram também para uma possível irregularidade na organização das Olimpíadas. A entidade apresentou nos dois relatórios que o Cojo e a Solideo, empresa pública responsável pela construção de vários locais para os Jogos Olímpicos, podem ter cometido “riscos de violação de probidade e conflitos de interesse”.
A AFA considerou que o processo geral relacionado às compras é “impreciso e incompleto”. E completaram argumentando que existem às vezes “situações de potenciais conflitos de interesses não controlados”.