A operação para demolir um condomínio de luxo na comunidade Parque União, na Maré, Zona Norte, entrou em seu 11º dia nesta quinta-feira (29). Mesmo com a ação em andamento, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que as aulas presenciais foram retomadas. No entanto, dois colégio estaduais seguem com as atividades suspensas, afetando mais de 1,4 mil alunos.
Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), as duas unidades que atendem a área da Maré afetada pela ação, o Ciep 326 – César Pernetta – e o Colégio Estadual Professor João Borges de Moraes, estão fechadas desde o último dia 19. A pasta ressaltou, em nota, que todo o conteúdo perdido no período será reposto a partir de um planejamento pedagógico. Já a SME, disse que as 46 unidades escolares da região voltaram a atender presencialmente.
De acordo com o balanço da Seop, as equipes realizam mais um dia de demolição de construções irregulares no condomínio com 41 imóveis. Eles seguem atuando nos pavimentos mais altos dos prédios com o intuito de facilitar o acesso das máquinas. As ações da Seop já foram realizadas em três prédios. Até o momento, 32 imóveis, com mais de 162 apartamentos, foram descaracterizados. Segundo a pasta, inicialmente, os agentes estão retirando partes consideradas essenciais dos prédios para que os proprietários não voltem a ocupar a área.
De acordo com a Secretaria de Ordem Pública (Seop), a operação ainda está em fase de demolição manual e, por isso, não há previsão para o término dos trabalhos.
As investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) apontam que o Parque União vem sendo utilizado há anos, por meio da construção e abertura de empreendimentos, para lavar o dinheiro acumulado com o comércio de drogas. Ainda conforme a Civil, no esquema, há a participação de funcionários de órgãos representativos da região, como a própria Associação de Moradores.