Ouça agora

Ao vivo

PF indicia Bolsonaro e mais 36 em inquérito sobre tentativa de golpe
Brasil
PF indicia Bolsonaro e mais 36 em inquérito sobre tentativa de golpe
Shopping Nova Iguaçu tem 300 vagas de emprego temporárias
Nova Iguaçu
Shopping Nova Iguaçu tem 300 vagas de emprego temporárias
Angra promove oficinas de redução de riscos ambientais
Angra dos Reis
Angra promove oficinas de redução de riscos ambientais
1º Festival da Canção – Escrito nas Estrelas começa nesta sexta-feira (22) em Araçatiba
Maricá
1º Festival da Canção – Escrito nas Estrelas começa nesta sexta-feira (22) em Araçatiba
Após dias quentes, Rio terá céu nublado e chuva no restante da semana
Destaque
Após dias quentes, Rio terá céu nublado e chuva no restante da semana
Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão para Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra
Mundo
Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão para Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra
Operação mira fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil
Destaque
Operação mira fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil

Operação mira facção com 18 mil detentos que girou R$ 70 milhões com o golpe do falso sequestro

Agentes da Delegacia Antissequestro (DAS) saíram para cumprir 44 mandados de busca e apreensão.
Foto: Reprodução

A Polícia Civil do RJ iniciou nesta terça-feira (22) a Operação 13 Aldeias, contra uma quadrilha que, de dentro dos presídios, faz centenas de vítimas todos os dias com o golpe do falso sequestro e movimentou quase R$ 70 milhões entre janeiro de 2022 e maio deste ano.

O Povo de Israel surgiu há 20 anos e hoje conta com 18 mil integrantes, quase todos encarcerados em 13 unidades prisionais — dominadas pela facção e chamadas de “aldeias”. Esse volume representa 42% do efetivo prisional.

Agentes da Delegacia Antissequestro (DAS) — com o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Subsecretaria de Inteligência da Administração Penitenciária — saíram para cumprir 44 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão 5 policiais penais suspeitos de ajudar os criminosos.

Diligências são realizadas em Copacabana e Irajá, na capital, e nos municípios de São Gonçalo, Maricá, Rio das Ostras, Búzios e São João da Barra, bem como no Espírito Santo. A Polícia Penal também efetua ações nos presídios.

O Povo de Israel foi fundado em 2004 por renegados por outras denominações — muitos são estupradores e pedófilos. De posse de celulares, que entram ilegalmente dentro dos presídios, eles criaram uma indústria de extorsões.

De acordo com a Polícia Civil, 1.663 pessoas físicas e 201 pessoas jurídicas foram utilizadas para fazer circular o dinheiro.

 

Nelson Hungria, a “central da extorsão”

Ainda segundo as investigações da DAS, a base da facção é o Presídio Nelson Hungria, que fica dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste da cidade.

Chefes do Povo de Israel são alvos da ação desta terça: Marcelo Oliveira, o Tomate; Avelino Gonçalves, o Alvinho; Ricardo Martins, o Da Lua; e Jailson Barbosa, o Nem.

Segundo a Polícia Civil, o inquérito mostra que há uma clara divisão de tarefas e funções dentro da organização. São chamados de “empresários” os presos responsáveis por obter o celular que será usado dentro da cadeia.

O apelido de “ladrão” é para aquele que faz as ligações para as vítimas, simulando vozes de parentes que estariam supostamente em poder da quadrilha. Tem também os “laranjas”, aliados fora das prisões que recebem o dinheiro obtido nos crimes.

Foi descoberto, por exemplo, que a quadrilha já tem ramificações no Espírito Santo e em São Paulo, com pessoas que recebem o dinheiro das extorsões em contas bancárias.