Vândalos e criminosos têm atacado as lixeiras de rua, conhecidas como “laranjinhas”, em diversas regiões da capital, ignorando as fronteiras da cidade. Esses equipamentos públicos destinados à limpeza urbana têm sido furtados, queimados, quebrados ou danificados de várias formas. Recentemente, na madrugada da última sexta-feira (21), 67 lixeiras foram furtadas em oito quilômetros da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio de Janeiro. As ações criminosas foram registradas pelas câmeras de segurança do Centro de Operações Rio (COR), mostrando bandidos desembarcando de uma Kombi, sem placa dianteira, e furtando as lixeiras em pontos como as avenidas Epitácio Pessoa e Borges de Medeiros.
Outros incidentes ocorreram em diferentes bairros da cidade. No Largo do Machado, também na Zona Sul, sete lixeiras foram vandalizadas e destruídas entre a noite da última quarta-feira (19) e a madrugada de quinta-feira (20). Nas Zonas Norte e Sul, mais duas “laranjinhas” foram vandalizadas em uma mesma noite, uma em São Cristóvão e outra na Vila Isabel. Além disso, em Copacabana, uma das lixeiras da Rua Constante Ramos foi furtada na sexta-feira (21). Todos os equipamentos danificados ou furtados foram repostos pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), cujo presidente, Flávio Lopes, criticou a ação dos vândalos e criminosos por prejudicar a cidade e a população.
Segundo informações da Comlurb, a cidade possui aproximadamente 45 mil lixeiras instaladas, e em média, entre 500 a 600 unidades são furtadas ou vandalizadas mensalmente, totalizando quase seis mil lixeiras por ano. A Prefeitura gasta quase R$ 1 milhão anualmente para repor os equipamentos, com base nos valores da última compra, quando cada unidade foi adquirida por R$ 149,77. Somente em 2022, foram colocadas 5.584 peças na cidade. A situação tem gerado prejuízos significativos e levantado preocupações com a segurança e limpeza urbana no Rio de Janeiro.