Alunos que ocupam a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) desde a última sexta-feira (26) não pretendem sair do local até que as reivindicações sejam atendidas. O grupo protesta contra as mudanças para a obtenção de bolsas e auxílios da assistência estudantil. A reitoria permanece isolada.
No domingo (28), a previsão era que a ocupação terminasse na noite neste segunda-feira após um protesto marcado para às 18h. No entanto, estudantes reforçaram que sem negociação, não haverá desocupação.
Eles reivindicam a revogação imediata da Aeda, medida anunciada por Gulnar Azevedo, reitora da Uerj, de mudar os critérios para elegibilidade de bolsas e auxílios de assistência estudantil. Em que a revisão da renda mínima necessária para que estudantes de ampla concorrência possam acessar a Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social (Bavs), com pagamento de R$ 706 por mês, tendo duração de dois anos. Antes, para obter o benefício, era necessária a declaração de um salário mínimo e meio, agora, é só meio salário.
Nota da Uerj
A gestão da Uerj segue procurando o diálogo com os estudantes no sentido de desocuparem a Reitoria imediatamente de modo a não prejudicar o pleno funcionamento da universidade. A presença deles em área restrita impõe riscos à segurança dos dados da Uerj, pode comprometer a atividade administrativa e prejudicar a preparação para a volta às aulas.
Apesar de a ocupação ter acontecido sem qualquer pedido de reunião, a Reitoria ratifica que tem garantido os direitos básicos, a exemplo do acesso a luz, alimentação e remédios.