A cidade do Rio vai ganhar uma nova unidade de conservação, o Parque Municipal Natural Perilagunar será construído na Lagoa do Camorim, no Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá. A Câmara Municipal do município aprovou, nesta quinta-feira, o projeto de lei dos vereadores Carlo Caiado (PSD), Tainá de Paula (PT), Dr. Carlos Eduardo (SD), Eliseu Kessler (MDB), Jorge Felippe (PP), Alexandre Beça (PSD) e Dr. Rogério Amorim (PL).
A criação do novo parque busca “recuperar e preservar o manguezal da região, além de estimular o turismo ecológico e sustentável no local”. A conservação da área poderá ajudar a amenizar as temperaturas da região, e também sediará estudos científicos sobre a biodiversidade do espaço. O projeto foi entregue ao presidente da Câmara de Vereadores, Carlo Caiado, pelo biólogo Mario Moscatelli, especialista em gestão e recuperação e criação de ecossistemas costeiros.
— A Zona Oeste só tem a ganhar com o Parque. Além de incentivar o turismo ecológico sustentável e a educação ambiental, a proteção dessa área também vai garantir a navegabilidade, para termos uma nova forma de transporte na região. E a melhoria da qualidade de vida passa pela sustentabilidade, garantindo temperaturas mais amenas e proteção contra desastres. Este Parque será um marco do renascimento do bioma da Lagoa do Camorim — destaca Caiado.
A princípio, a gestão da área será do Poder Executivo municipal. O texto do projeto, no entanto, permite o compartilhamento dessa responsabilidade com o Poder Executivo Estadual, mediante a assinatura de convênio. Existe também a previsão de adoção ou concessão do Parque a pessoas físicas. Neste caso, o caráter público do local deve ser mantido “sem limitação de acesso, respeitando os horários de funcionamento”.
No projeto também está previsto que a prefeitura incentive a prática de Educação Ambiental, com visitação de alunos da rede municipal de ensino. No campo do turismo, a proposta destaca a inclusão em ações de divulgação de equipamentos públicos ligados ao meio ambiente.
A prefeitura deve elaborar o plano de manejo do parque, em conjunto com um conselho consultivo integrado por representantes do poder executivo estadual, da Câmara de Vereadores e de entidades acadêmicas e científicas, além de entidades da sociedade civil.