O Museu Carmem Miranda, localizado no bairro do Flamengo, Zona Sul do Rio, será reaberto ao público, nesta sexta-feira (04), às 18h, com a exposição “Viva Carmen”, com curadoria do escritor e biógrafo da artista, Ruy Castro, e da mulher, a escritora Heloísa Seixas. A mostra reune cerca de 120 itens originais e seis cópias, entre os famosos turbantes, sandálias plataformas, que têm de 10 a 15cm de altura, e figurinos da cantora e passeia pela história da Carmen no Brasil e nos Estados Unidos.
A cantora Juliana Maia se apresenta na festa com músicas da “Pequena Notável”, que contribuiu para tornar a cultura musical mundialmente conhecida.
Na tarde dessa quarta-feira (02), a imprensa foi recebida no local para uma pré-reabertura do espaço e foi concedida uma coletiva de imprensa com a presença do Presidente da FUNARJ, Jackson Emerick, a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Daniele Barros, e o Diretor do Museu Carmen Miranda, Cesar Balbi.
Durante a coletiva, o presidente da FUNARJ falou sobre a importância da reabertura do museo.
“Reabrir o museo Carmen Miranda é muito emblemático, é um equipamento muito visitado, não só pelo carioca mas por turistas extrangeiros. É fundamental que a gente custa esse momento”, declarou Jackson Emerick.
A Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Daniele Barros falou sobre a importância de perpertuar a herança de Carmen Miranda para as novas gerações.
“Nada mais oportuno para esse momento, a gente abrir um espaço que fala do protagonismo da mulher, de uma mulher que foi tão revolionária, que levou a imagem do nosso país para fora de suas fronteiras, mostrando já o nosso carnaval colorido, do povo brasileiro, a singularidade do povo brasileiro para o mundo. Vai ser muito importante essa contribuição que a arte vai dar para as novas gerações. O museu, é um museo muito vivo, muito alegre, que fala de moda, tendência, que fala dessa figura que faz parte do imaginário das pessoas também da nova geração, que vão poder adentrar essas portas e poder visualizar o tanto de contribuição que essa figura deu para a imagem do nosso país”.
Carmen Miranda e sua história com a Manchete
O Diretor do Museu Carmen Miranda, Cesar Balbi falou com exclusividade com a nossa repórter Joice Santos, sobre a relação da Manchete e a eterna intérprete de “Mamãe eu quero”.
“A revista Manchete, ela tinha um carinho muito grande pela Carmen. Em 1955 quando ela morreu, ela (Carmen) foi teve toda sua vida reproduzida pela revista. Fez todo um documentário sobre ela, que a gente tem nos nossos arquivos e ela pela primeira vez apareceu, ela technicolor, com o tailleur cereja que ela gostava, porque a cor da Carmen era cereja, bordô, vermelho, ela gostava do vermelho e dourado e isso foi feito na capa da Manchete, que é interessante, que era colorizada e a partir dali a Manchete começou a fazer várias reportagens sobre a Carmen”.
Balbi mencionou também o jornalista Cássio Emmanuel Barsante, jornalista da Manchete, que fez um livro sobre a Carmen Miranda e segundo ele “o mais icônico” e que tem todas as imagens do museu. O livro “Carmen Miranda”, teve sua última publicação em 1995 e no ano seguinte, Cássio morreu. Por último relembrou que o jornalista foi presidente da Associação de Amigos do Museu Carmen Miranda.