A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem ampliado e incentivado o Método Canguru, uma Política Nacional de Saúde e preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que proporciona condições para o desenvolvimento do bebê e qualidade de vida para a família. O Dia Internacional de Sensibilização do Método Canguru foi comemorado nesta quarta-feira (15).
Cuidado recomendável aos bebês prematuros, a estratégia consiste em garantir o contato pele a pele entre a mãe e o bebê – preso ao corpo da mãe por uma faixa, numa analogia da fêmea canguru com o seu filhote protegido na bolsa. Para Jaciele Reis, mãe da pequena Gabriela, a sensação de ter integrado o procedimento com sua filha por perto pela primeira vez foi emocionante. Sua menina nasceu no dia 16 de abril na Maternidade Leila Diniz, na 31ª semana de gestação, pesando apenas 1,5kg.
– O método nos aproximou a cada dia e a sensação foi incrível – disse Jaciele, que desde o nascimento da filha a acompanha na UTI neonatal da maternidade, onde o bebê recebeu todos os cuidados necessários para ganhar peso. Gabriela recebeu alta na última segunda-feira (13/5).
Segundo a diretora do Departamento Neonatal da Maternidade Leila Diniz, Patrícia Campanha, o cuidado canguru ocorre em três etapas. A primeira começa na UTI neonatal, com o amparo ao bebê para o contato pele a pele. Na segunda, já na Unidade Canguru, os bebês mais estáveis ficam com a mãe 24 horas, aprendendo a mamar para ganhar peso. Por último, o bebê recebe alta para casa, mas continua no acompanhamento pela maternidade, compartilhado com a unidade de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde), até atingir o peso de 2,5kg. A Leila Diniz é pioneira na prática e considerada Centro de Referência Nacional para o Método Canguru, atendendo por ano em média 200 bebês com o método.
– Promovemos uma assistência integral qualificada e humanizada, com acolhimento da família, controle do ambiente, redução de iluminação e ruídos, prevenção de estresse e dor. A atenção humanizada ao recém-nascido engloba a prevenção de dor, o estímulo à amamentação e o contato pele a pele precoce e progressivo, desde o toque até a posição canguru – explicou Patrícia.
Ao todo, a rede municipal de saúde do Rio conta com 13 maternidades e um total de 703 leitos obstétricos, 126 leitos de UTI neonatal, 154 leitos de cuidados intermediários convencionais e 41 leitos de cuidados intermediários canguru.