O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, emitiu uma portaria na noite desta segunda-feira (13) estabelecendo novas diretrizes para o acesso ao Palácio da Justiça, sede da pasta em Brasília, bem como a outros órgãos no edifício. Essa decisão foi tomada em resposta à participação de Luciane Barbosa Farias, esposa de um líder do Comando Vermelho no Amazonas, em duas audiências realizadas na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Conforme as novas regras, o acesso de visitantes será permitido apenas mediante agendamento institucional que comunique, com no mínimo 48 horas de antecedência, os nomes de todos os participantes e acompanhantes da agenda, com os respectivos CPFs. O pedido de acesso deverá ser formalizado por meio do e-mail institucional do órgão ou da instituição responsável pela agenda.
Luciane Barbosa Farias esteve no Palácio da Justiça durante um período de dois meses entre março e maio deste ano. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assegurou em suas redes sociais que nunca recebeu líderes de facções criminosas ou seus familiares no Ministério da Justiça. Ele afirmou que o secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, responsável pelo encontro com a esposa do líder da facção, forneceria esclarecimentos sobre o caso. Elias Vaz confirmou o encontro, esclarecendo que Luciane Barbosa estava no Ministério da Justiça como auxiliar da vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia Criminal do Rio de Janeiro (ANACRIM), Janira Rocha. O secretário de Assuntos Legislativos enfatizou que durante a reunião não foram discutidos temas relacionados ao Amazonas.