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Milicianos deixam comunidades e investigação mira bens de luxo

Além de residências em imóveis com endereços nobres, grupo tinha mansão em Angra e lancha.
Barra da Tijuca, um dos bairros mais visados pela milícia

A operação que levou à prisão dos líderes da milícia de Rio das Pedras revela um padrão notável entre os acusados: todos foram detidos em endereços de luxo situados fora da comunidade. Os investigadores agora concentrarão seus esforços na investigação dos lucros obtidos por esses grupos criminosos, a partir da próxima semana.

Os locais onde a Polícia Federal realizou 13 prisões e 15 buscas durante a semana incluíram:

  • Um condomínio de residências de alto padrão na Estrada do Itanhangá.
  • Um prédio em uma área nobre do Recreio dos Bandeirantes.
  • Outro edifício com vista privilegiada para a Praia da Reserva.

Por outro lado, a comunidade de Rio das Pedras, de onde os líderes da milícia retiram seus recursos, apresenta uma realidade muito contrastante. As investigações revelam que os comerciantes, por exemplo, são extorquidos em até R$ 12 mil por mês para operar seus negócios, com pagamentos mensais de R$ 100 sendo exigidos para atividades simples, como a venda de salgados. Além disso, os moradores são pressionados a pagar por serviços clandestinos de eletricidade e forçados a pagar taxas para permanecer na favela.

A denúncia dos promotores ressalta a extrema violência associada à atuação da milícia, que se caracteriza por execuções, torturas e linchamentos, tudo em busca do domínio da região.

Além das residências de luxo, os membros da milícia acumulam outros ativos. As investigações da Polícia Federal revelaram a aquisição de uma casa avaliada em R$ 2 milhões em Angra dos Reis, inicialmente comprada por R$ 300 mil para ocultar os ganhos ilícitos. Durante a operação, foram apreendidos nove veículos de luxo, incluindo cinco blindados, e uma lancha avaliada em R$ 1 milhão.

Os líderes da milícia tentaram se estabelecer perto da praia na tentativa de se desvincular do crime, mas acabaram trazendo a criminalidade para a beira-mar. A casa de Taillon de Alcântara, apontado como o segundo no comando, foi o local onde médicos foram mortos por engano por traficantes, que acreditavam que o miliciano residia ali.

Dalmir Barbosa, considerado o chefe da milícia em Rio das Pedras, e outros membros da quadrilha foram presos. A força-tarefa montada pelo governo federal e estadual tem como objetivo sufocar financeiramente essas organizações criminosas, focando em suas atividades econômicas e mecanismos de lavagem de dinheiro.

Este esforço conjunto começa a partir da próxima segunda-feira e não prevê operações em comunidades, mas sim a investigação de atividades ilícitas em áreas mais abastadas, reconhecendo que a criminalidade não está restrita aos bairros mais pobres, como evidenciado por apreensões de armas de fogo em mansões na Barra da Tijuca e confusões envolvendo moradores de luxo.