O médico João Batista do Couto Neto foi preso, na tarde desta quinta-feira, 14/12, enquanto atendia no hospital FUSAM, no interior de São Paulo. No fim do mês passado, o médico teve a prisão preventiva decretada pela polícia civil do Rio Grande do Sul, após ser indiciado por homicídio doloso – quando há intenção de matar) – em três inquéritos. O médico ainda é suspeito de matado 42 pacientes e lesionado outros 114 em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Em fevereiro de 2023, o médico pediu o registro no Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) que disse ter sido obrigado a registrá-lo, uma vez que havia apenas restrição parcial quanto a licença dele.
Segundo o advogado do médico, Brunno de Lia Pires, a prisão é “absurda e imotivada” e que vai entrar com pedido de habeas corpus.
“Com surpresa a defesa recebeu a notícia da decretação da prisão preventiva do médico João Couto Neto. A decisão não se reveste de qualquer fundamento fático ou jurídico e constitui clara antecipação de pena, com a finalidade de coagir e constranger o médico. Impetraremos ordem de habeas corpus o mais breve possivel para fazer cessar a absurda e imotivada prisão”, ressaltou o advogado Pires na nota.
Já a FUSAM se manifestou por meio de nota.
“Em relação à prisão preventiva do médico João Batista do Couto Neto, a FUSAM (Fundação de Saúde e Assistência do Município de Caçapava) esclarece:
– O médico prestava serviços ao hospital mediante contrato com a empresa ARCHANGELO CLÍNICA MÉDICA LTDA, desde 8 de novembro de 2023, não tendo vínculo empregatício com a Fundação;
– Sua atuação era estritamente atendendo pacientes do Pronto Socorro e visitas na Clínica Médica, não tendo nenhum registro de intercorrência com os pacientes,
– Na certidão de antecedentes criminais e no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, nada consta que desabone a conduta do profissional.
A FUSAM está à disposição para auxiliar os trabalhos do Poder Judiciário.”