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Mais de 250 presos foram libertados no Rio Grande do Sul e alguns já voltaram a cometer crimes

Entre os condenados há latrocidas, estupradores, assaltantes de banco e assassinos, de acordo com o Sindicato da Polícia Penal
Foto: Reprodução

A administração penitenciária do Rio Grande do Sul já mandou para casa pelo menos 250 presos que cumpriam pena no regime semiaberto em três penitenciárias por causa das enchentes que assolam o estado. Os primeiros beneficiados foram os 70 detentos do anexo da Penitenciária Estadual de Jacuí (PEJ). Em seguida, foram liberados mais 150 do Instituto Penal de Charqueadas (PECH). Por último, foram soltos 50 do Instituto Penal de São Jerônimo. Os dados são do Sindicato da Polícia Penal (Sindppen) do Rio Grande do Sul.

Segundo o presidente do sindicato, Cláudio Dessbessell, no rol dos presos que foram mandados para casa, há toda sorte de criminosos. “Tem latrocidas, estupradores, assaltantes de banco e assassinos. Esses detentos foram para casa ou procuraram abrigos, misturando-se à população. Uns estão circulando pela cidade. Outros voltaram a cometer crimes”, assegura Dessbessell.

No sábado passado, um dos detentos liberados por causa da enchente foi preso em flagrante por policiais civis do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Ele conduzia um barco furtado pelas ruas alagadas do bairro de Humaitá, na zona Norte de Porto Alegre. O criminoso utilizava tornozeleira eletrônica e cumpria pena em liberdade, mesmo tendo cinco condenações por tráfico de drogas.

Segundo o secretário do sistema penal e socioeducativo do Rio Grande do Sul, Luiz Henrique Viana, a soltura dos presos ocorreu em caráter emergencial. “Nós os mandamos para casa porque algumas casas penais ficaram alagadas. Em cinco presídios de Charqueadas, a água subiu um metro e meio. Esse complexo abriga 6.000 presos”, justificou. Ele garantiu que nenhum preso do regime fechado será solto, mesmo que o nível das águas suba ainda mais.

Dos 250 presos do semiaberto que deixaram a prisão, segundo Viana, 32 voltaram para a casa penal no dia seguinte simplesmente porque não tinham para onde ir.

O ideal seria que todos os presos deixassem a cadeia com tornozeleira eletrônica. No entanto, o sistema de monitoramento via satélite do Centro de Tecnologia da Informação do RS (Procergs) ficou fora do ar e ainda opera com oscilações por causa de pane na internet na rede de energia elétrica. “As tomadas não estão funcionando. Logo, nem sempre tem onde eles possam recarregar a bateria da tornozeleira”, explicou Viana.

A população carcerária do Rio Grande do Sul tem quase 43 mil detentos distribuídos em 150 presídios. Desses, pelo menos uma dezena de casas penais está inundada. A maioria delas recebe água do Rio Jacuí, que chegou a subir 10 metros com o excesso de chuva na região. O grande volume de água estragou computadores da administração das cadeias, destruiu carros usados na condução de presos e danificou até aparelhos de scanner, equipamento essencial para revistar visitas e funcionários do sistema penal.