A guarda ambiental de Nova Iguaçu já resgatou 137 animais silvestres em 2023. Desse número, 60% são gambás, 20% aves, 15% serpentes e 5% outros animais. Bairros como Austin, Cerâmica e Santa Rita, além de regiões ao longo da Avenida Abílio Augusto Távora, entre os bairros da Luz e Km 32, são os locais com mais registros de resgate de animais silvestres.
Na última sexta-feira, um gavião-carijó foi solto no Parque Natural do município. O animal havia sido encontrado por um morador no bairro Jardim Canaã e, desde 4 de setembro, ficou sob os cuidados do Centro de Recuperação de Animais Silvestres da Universidade Estácio de Sá, em Vargem Pequena.
O coordenador operacional da guarda, Carlos Januzzi, disse que a ave vai poder conviver novamente com os outros animais da mesma espécie. Ele reforçou ainda que pessoas despreparadas não devem tentar manipular ou resgatar animais silvestres, e o ideal é deixar o animal em um local seguro e acionar o órgão competente.
— Essa espécie de gavião é encontrada em ambientes urbanos e rurais, e é importante no equilíbrio ecológico da fauna, pois evita superpopulação de roedores — explicou.
Segundo o médico veterinário e biólogo responsável pela Clínica de Recuperação de Animais Silvestres da Estácio de Sá, Jeferson Rocha Pires, o gavião chegou ao local debilitado e com vários ferimentos.
— Ele teve conflitos com passarinhos, normal na natureza, e deve ter colidido em algum lugar ou alguma coisa. Chegou machucado e fizemos sua recuperação. Agora está apto para ser devolvido à natureza — finalizou.