Com 16 representantes do setor cultural, Magé fez história com a maior delegação da Baixada e uma das maiores entre os 92 municípios do Rio de Janeiro na etapa final da Conferência Estadual de Cultura realizada na última semana.
Com mais de 600 participantes que discutiram sobre o tema ‘Democracia e Direito à Cultura’, uma das propostas de Magé está entre as propostas compiladas do Rio para a Nacional, sobre a construção e fortalecimento do mapa cultural do estado, com inclusão das referências municipais de forma interativa, explicativa e acessível fortalecendo a cultura do estado.
“Eu destaco a grande capacidade de representação da nossa delegação, que fez inclusive com que a gente conseguisse estabelecer um diálogo. Dos 60 delegados que irão da conferência estadual representar o Estado na conferência nacional, duas vagas são de Magé”, comemorou o secretário de Cultura, Turismo e Eventos, Bruno Lourenço.
A 4ª Conferência Nacional de Cultura será no mês de março, em Brasília. Willian Jefferson Fonseca, do 6° distrito, que representou o setor audiovisual, e o historiador Dylan Sabino, são os representantes mageenses na delegação fluminense.
Na análise do secretário, essa participação ativa dos fazedores de cultura são reflexo da abertura que a gestão municipal tem proporcionado ao setor: “É um momento de muitas convergências, de estruturação da Secretaria [Municipal de Cultura, Turismo e Eventos] e das políticas culturais do município e da retomada da discussão de políticas culturais no Brasil inteiro. E nesse processo Magé esteve presente, com nossa delegação formada por muita diversidade que chegou lá com companheiros preparados para debater as questões de diversidade gênero, as questões dos povos tradicionais, da cultura tradicional, a questão do meio ambiente, da sustentabilidade, da cultura afro presente na cidade por meio dos quilombos. Então representou, de fato, a nossa diversidade e a nossa história, analisou Bruno.
Sob o ponto de vista do fazedor de cultura, o município teve avanços com um novo tratamento para este setor. “Sou historiador, viso pelos patrimônios de Magé, tanto material como imaterial. A partir do momento que a Cultura e Turismo se tornaram separadas da Educação, eu já vejo que o governo está tratando a Cultura com maior foco, enfatizando para além do ensino. Ainda há muito trabalho a ser feito, o caminho é longo mas os sinais de melhora já estão sendo observados”, complementa.